22 anos em que o Linkin Park revolucionava o rock nos anos 2000 com “Hybrid Theory”

Na virada dos anos 2000, o rock dava alguns passos atrás dentro da grande mídia, com a explosão da música pop que voltava com tudo e se colocava com fervor nas tvs e rádios com os grupos de boybands que pareciam proliferar da noite para o dia.

Sim, tínhamos sim grandes nomes dentro do metal fazendo grandes trabalhos, mas ao falarmos de um impacto real de modo comercial, carecia-se de algum nome. Foi assim que surgiram cinco garotos, que pegavam influências do rock, mas misturavam ao hip-hop e a música pop. Estamos falando de Linkin Park.

Ainda que ele o disco de estreia “Hybrid Theory” não tivesse aquele som cru do rock clássico, nem a complexidade costumeira do metal, o trabalho conseguia atingir seu mérito, com uma música que mais uma vez se chocava com a adolescência daquela época, trazendo em suas letras problemas de vícios, frustrações e demais temas relatados da vida do vocalista Chester Bennington. Obviamente, ao público mais tradicional, o trabalho não conseguiu criar muito apreço, já que se tratava de um produto novo e uma roupagem ainda mais comercial que a fase do new metal dos anos 90, que já havia incomodado muita gente na década passada.

Mas o sucesso que vimos o disco fazer, não foi algo conquistado de imediato. Ainda sob o nome que viria a ser do disco na banda, diversas gravadoras recusaram a ideia que o grupo havia colocado em uma fita demo e que se tornaria o marco na história desses meninos. Don Gilmore acabou aceitando o projeto como produtor, chamando Andy Wallace para a mixagem.

O álbum produziu quatro singles, sendo um deles a música “In the End“, que até hoje é conhecida como um dos maiores sucessos da banda e que mantém altos números em reproduções nas plataformas digitais.

Quando lançado, “Hybrid Theory” vendeu mais de 50 mil cópias na semana de estreia, alcançou a 16º posição na Billboard 200, sendo que um ano depois, atingiu a marca de 4,8 milhões de cópias vendidas e em 2002, se tem a estimativa que chegou a vender 100 mil cópias semanalmente e se tornou o disco mais vendido do ano. Recebeu diversas certificações como ouro, platina e diamante. Alcançou a marca do disco mais vendido do século XXI.

Ainda conseguiu abocanhar um Grammy, além de duas outras indicações. A sua capa, um soldado com asas de libélula, e um design desenvolvido por Mike Shinoda, com inspirações no artista Bansky. Segundo ele, o soldado representa o lado mais pesado da música, principalmente em suas letras. Já as asas, é a mescla com algo mais suave e feito em junção com a outra metade. A popularidade do disco rendeu ao Linkin Park grandes shows em grandes festivais, como o Ozzfest, Family Values Tour, entre outros.

Mas mais do que todos os números exorbitantes que foram registrados, o Linkin Park conseguiu ser o “herói” de toda uma geração de fãs, que através deles, tiveram uma porta de entrada para a música pesada, descobrindo outros diversos caminhos e ramificações do estilo musical. Ainda que os mais puristas torçam ainda hoje a cara para o material, é inegável a sua importância dentro do contexto musical e histórico, fazendo a diferença em que a música parecia querer caminhar para outro lado, esses meninos trouxeram uma revolução para seu tempo e a seu modo, em pouco tempo, construíram um grande legado.