35 anos de “Schizophrenia” do Sepultura e a virada rumo ao topo
Há 35 anos, o Sepultura lançava “Schizophrenia”, o segundo disco da carreira e a virada no ponto de ignição que levaria a banda a ser uma das maiores do Brasil e por que não, do mundo?!
O trabalho foi o primeiro a contar com Andreas Kisser nas guitarras, substituindo Jairo Guedz. Com isso, o som da banda passava a soar um pouco mais cadenciado, saindo da semelhança com o black metal e indo para algo mais em torno do thrash/death.
A partir desse ponto, o Sepultura começou a ganhar uma notoriedade maior fora do país, inclusive conseguindo um contrato com a Roadrunner Records para a distribuição internacional do álbum, e que posteriormente firmaria o contrato para o lançamento do disco sequência, que seria a pedra rolando para a fama.
A entrada de Andreas como dito, traz algo “mais limpo”, dentro dos moldes do Sepultura, assim como ele disse, trazendo influências diferentes e entendendo o que a banda precisava. Do outro lado, tínhamos um Max Cavalera, ainda com um inglês não muito desenvolto, mas dando o tom “grotesco” para o que era necessário ali. Já na cozinha, continuava a crueza do baixo de Paulo (ok, sabemos de tudo, mas vamos deixar assim), e um Igor ensandecido com as baquetas nas mãos, dando a crueza e pesando ainda mais as agressivas faixas.
O registro foi feito no JG Estúdio, sendo a produção do próprio Sepultura, com a ajuda de Tarso Senra e lançado pela histórica Cogumelo Records. Ali não tínhamos uma produção de ponta, obviamente, mas é exatamente aí que reside o tom visceral que a obra tem e resiste através dos tempos. E foi através desse “bloco concreto” pirateado no exterior que finalmente as pessoas chegaram ao nome desses quatro caras, ainda sem ter noção de que tudo aquilo viraria uma referência mundial e que até hoje faz parte dos grandes nomes do heavy metal mundial e uma peça fundamental do nosso metal brasileiro.
Bons tempos!!!! Expectativa sobre o Remake do album, valeu!!!!