Resenha: Mystic Circle – “Erzdämon” (2023)
O submundo, sombrio e gélido do metal, continua gerando seus filhos macabros e rendendo ainda em meio a tanta pompa e elementos adicionados a suas inúmeras vertentes.
O Mystic Circle é um desses filhos, e em 2023 traz seu novo pedaço de pecado, intitulado “Erzdämon”, lançado pela Fireflash Records e trazido ao Brasil pela Shinigami Records.
Nesse novo registro, a banda continua o trabalho iniciado no álbum anterior e adiciona novas melodias a sua brutal forma de compor. Vemos isso já na faixa título que é responsável por abrir a descida aos infernos. Com os tradicionais andamentos do estilo, há um bom groove por ali, aliado a um bom solo de guitarra próximo ao final. “From Hell” é visceral e traz as raízes do black metal e é dona de um vídeo que traz a encarnação visual do que é ouvido. Tudo que o fã mais saudosista do estilo gosta, está por aqui. “The Unholy Trinity” fecha o trio de abertura e traz influências de Anton Szandor Lavey e sua escrita, com o próprio desconjurado sendo citado na música. “The Scarecrow” é a seguinte e traz ares do Cradle of Filth sendo bastante climática e com teclados climáticos que acompanham o andamento. “Asmodeus And The Temple Of God” traz a história sobre a construção do templo de Salomão, que teve ajuda do “pé junto”, prato cheio para o cenário. “The Mothman” é mais tranquila e busca referências no Dimmu Borgir de “Stormblast”.
Aos fãs do black metal, aqui encontraram sem sombra de dúvida um material rico em suas características, como as vozes macabras, baterias cortantes a milhão e guitarras em uníssono. Não indo nada além disso e de uma mesma fórmula, o registro é realmente indicado ao apreciadores da blasfêmia.
NOTA: 6