Paul Stanley descobre fuga da mãe da Alemanha nazista e mazelas da família com o regime
Paul Stanley, o lendário vocalista do Kiss, sempre se viu intrigado com número tatuados no braço da mãe e sempre se perguntou o que seria aquilo.
Após pedir ajuda a um jornalista para saber mais sobre sua família, ele descobriu que sua matriarca, fugiu da Alemanha nazista quando tinha apenas 12 anos.
Falando ao jornal alemão Bild , Stanley disse, conforme transcrito pelo TheJC:
“Quando menino, sempre me perguntei por que havia números escritos nos braços de amigos e conhecidos de meus pais. Eles nos disseram, quando crianças, que eram números de telefone.”
Foi depois de um show que Stanley abordou um jornalista do Bild, que após anos de pesquisa, apresentou algumas informações surpreendentes.
Dentre elas, estava a identificação do túmulo do bisavô de Paul, Bernhard Kasket, que está enterrado no maior cemitério judeu da Europa em Berlim.
O túmulo de Kastet diz: “Aqui descansa em paz meu querido marido, nosso bondoso e fiel pai e avô. Você não está morto. Feche os olhos também, em nossos corações você vive para sempre.”
No meio da pesquisa, foi encontrado também que Joseph Mandl, o segundo marido da avó de Stanley, Berthy, foi espancado até quase morrer por nazistas da SA em abril de 1934.
Um relato escrito por Mandl revela: “Na Joachim-Friedrich-Straße, fui – sem qualquer provocação da minha parte – empurrado por três homens da SA em uniformes. Sem uma palavra, dois deles me seguraram, e o terceiro me atacou com golpes horríveis na cabeça, como com um porrete.”
A época, a família recebeu uma denúncia por telefone em novembro de 1935 de que estavam em uma lista da polícia secreta, a Gestapo.
Mandl levou Eva, mãe de Paul Stanley, de 12 anos, e a avó Berthy até uma estação de Berlim, onde pegaram o próximo trem para Praga, deixando o carro na rua.
Quatro anos depois, a família finalmente chegou com segurança aos Estados Unidos via Amsterdã.
Paul disse se lembrar de Mandl:
“Aprendi muito com ele. Ele era culto.
Nos Estados Unidos, ele me ensinou a comer com pauzinhos, muito antes de a comida asiática se tornar popular. Seu apartamento estava cheio de livros.
Em nossa casa, o alemão não foi uma língua que minha mãe me ensinou. Permaneceu um trauma para ela – o país que foi seu lar e depois quis aniquilá-lo.”