Resenha: Jag Panzer – “The Hallowed” (2023)
Seis longos anos se passaram, até que os estadunidenses do Jag Panzer nos brindasse com um novo play de estúdio. “The Hallowed” é o 11° álbum da carreira dos veteranos de Colorado Springs, que chegou para encerrar esse longo jejum e saciar a ansiedade dos fãs.
O período sem lançamentos só não é mais longo do que entre o clássico “Ample Destruction” e “Dissident Alliance“, que foi de dez anos. Entretanto, a banda ficou sem atividades durante cinco destes anos, fazendo com que “The Hallowed” seja o trabalho de maior distância entre seu antecessor, juntamente com o próprio disco lançado anteriormente, que também levou seis anos para sair.
O álbum marca a estreia do guitarrista Ken Rodarte e também traz a banda estreando por um novo selo, a alemã Attomic Fire Records, depois de uma breve passagem pela Steamhammer, com apenas dois álbuns. Para gravar o álbum, diversos estúdios foram utilizados: baixo e bateria foram gravados no Sonic Phish Productions; as bases de guitarra e os vocais foram gravados no estúdio que fica na casa do guitarrista Mark Briody; os solos foram gravados no Steampunk Audio Labs. A mixagem ocorreu no Morrisound Recording Studios, na Flórida, pelo renomado produtor Jim Morris e a masterização se deu no Maor Appelbaum Mastering, em Los Angeles.
Trata-se de um álbum conceitual, que fala sobre um futuro pós-apocalíptico, contado sob a perspectiva dos animais. Uma história em quadrinhos também foi escrita e lançada em 2022, contando a história do álbum, mas desta feira sob a visão dos humanos. A bela arte da capa é assinada por um dos maiores artistas que prestam serviço para o Heavy Metal. Sim, estamos falando do genial Travis Smith.
Temos dez canções divididas nos 53 minutos de extensão e o Jag Panzer entrega o que da banda sempre se esperou: Heavy Metal de primeira qualidade, muito bem produzido, muito bem tocado e os grandes destaques deste “The Hallowed” são: a poderosa “Stronger Than You Know“, “Edge of the Knife” e seus riffs cavalgados, “Dark Descent” que é um baita Power Metal e a épica “Renewed Flame“, um baita Hard ‘n’ Heavy para ninguém botar defeito.
Enfim, um belo disco com o selo de qualidade desta banda que com sua sonoridade, muitas vezes nos esquecemos que eles são americanos, tamanha a influência que a NWOBHM exerce sobre eles. Vai agradar em cheio aos fãs da banda e pode agradar também aos que não são familiarizados com o Jag Panzer, mas admiram um bom Heavy Metal, técnico, mas sem muitas firulas, apenas focado em entreter bem o ouvinte. E nisso, eles tiveram muito êxito.
NOTA: 8