Resenha: Withering Scorn – “Prophets of Demise” (2023)
O baterista Shawn Drover, que ganhou notoriedade ao tocar por dez anos no Megadeth, reaparece em um novo projeto: o Withering Scorn. E montou um timaço. Seu irmão Glen Drover na guitarra, o baixista Joe DiBiase e o vocalista Henning Basse. “Prophets of Demise” é o álbum de estreia deste supergrupo.
Os irmãos Drover, que tocaram juntos por um breve período no Megadeth, por onde gravaram “United Abominations” (2007), voltaram a estabelecer parceria musical. A banda, formada em 2020, trabalhou nas músicas durante os últimos três anos e o resultado nós podemos ver aqui em “Prophets of Demise“, lançado no último dia 7 de julho, via Frontiers Music SRL.
E uma banda cujos membros tocaram em bandas relevantes no cenário, estamos falando de Megadeth, Fates Warning, Metalium, King Diamond, nós não podemos esperar nada a não ser excelência. Aqui nós temos excelência de sobra. As músicas são poderosas, a banda nos brinda com 8 canções em 40 minutos de muito peso e com canções muito bem estruturadas, além de bem tocadas.
A produção deixa um pouco a desejar, pois o som em muitos momentos é bem sujo. Não sabemos se isso foi intencional, mas poderia ser melhor caprichada. Não compromete o brilho do álbum, até porque, como dissemos, trata-se de uma banda com integrantes cascudos. Entretanto, o resultado seria ainda melhor se a sonoridade fosse mais polida.
Podemos destacar as faixas “Pick up and Pieces“, que é fortemente influenciada pela NWOBHM, ao mesmo tempo que possui robustos riffs de guitarra, “Ancient Desire” é densa e pesada, tendo como cereja do bolo as belas viradas de Shawn Drover, “Dethroned” é um baita Power Metal que desafia seu pescoço a continuar inerte durante sua execução e uma performance eletrizante de Glen Drover, que brilha na guitarra, além da pesadíssima e quase Thrash Metal “Never Again”.
Uma estreia com louvor de um time que nada tem a provar, mas que mostra que ainda tem muita lenha para queimar. Que o Withering Scorn venha para ficar.
NOTA: 8