Resenha: Perfect Plan – “Brace For Impact” (2023)

A estreia do Perfect Plan anos atrás parece ter tido um bom retorno. Foram impressas 300 cópias e todas tiveram uma boa saída.

Sem perder tempo, a banda já investiu na produção da sequência, e assim nasce “Brace For Impact“, lançado pela Frontiers Music e vindo ao Brasil mais uma vez pela parceria com  Shinigami Records. A prova de que a estreia foi boa, é que agora, a banda praticamente dobrou a produção para a segunda leva de sua caminhada.

A abertura com “Surrender”, é inegável não nos remeter aos seus conterrâneos do Europe. O vocalista Kent Hill traz sua voz um pouco mais amadurecida do que o disco antecessor. Um grande refrão estampa o cartão de visita e mostra que a audição será interessante daí para frente. “If Love Walks In” é muito bem amarrada e parece algum clássico vindo diretos dos anos 80. “Can’t Let You Win“, traz um ótimo trabalho de riffs do guitarrista Rolf Nordström. Pela frente ainda encotramos a robusta “Gotta Slow Me Down“, que é cadenciada e marcada. Como um bom disco inspirado na década do romance oitentista, está lá a balada regida por piano, “My Angel“, muito bonita e mostra como Hill tem uma grande versatilidade e uma bela voz. Ainda cabe destacar a faixa de encerramento “Walk Through Fire“, que tem um refrão maravilhoso e de grande presença.

Ao se encerrar a audição, vemos que houve uma certa falta de cuidado ao não se inspirar em si mesmo para criar algo que desse um passo a frente da estreia, acabando por não ter conseguido chegar ao ponto de surpreender. Porém, ainda assim, o registro cumpre tarefa e entrega um resultado satisfatório, um pouco menos inspirado, mas que ainda mostra uma boa condição de uma banda que ainda pode render frutos grandes.

NOTA: 7

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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