Dino Cazares diz que “Fear Factory não pertencer a subgênero específico do metal, foi prejudicial”
O Fear Factory é até vinculado ao rótulo de “metal industrial”, porém, já também caíram no selo de nu metal, groove metal, e até inventaram um novo estilo para eles, o cyber metal. Mas nem os próprios integrantes se sentem muito confortáveis em nenhuma dessas posições. Porém, a não definição em um rótulo, acabou sendo prejudicial para a banda, segundo o guitarrista Dino Cazares. Em entrevista ao Heavy New York, ele comenta sobre:
“Pode ser uma coisa boa e uma coisa ruim. O bom é que pudemos diversificar e tocar com um monte de bandas diferentes. Isso foi bom. Mas o ruim é que nunca pertencemos a um gênero… Se fizéssemos parte do gênero nu metal, talvez teríamos sido tão grandes quanto algumas dessas bandas de nu metal. Quase parecia que às vezes éramos pesados demais para os fãs de nu metal e então talvez não fossemos nu metal o suficiente, mas talvez fôssemos nu metal demais para os fãs mais pesados. Então, eu não sei. Ficamos meio que sentados no meio – éramos como uma cobra entre todas aquelas bandas e todos esses gêneros diferentes. Então estávamos meio que ali, mesmo que o que criamos mais tarde – nem mesmo mais tarde – mas o que criamos ao longo dos anos foi algo que inspiraria todos essas bandas diferentes. Principalmente na música sincopada de bumbo e guitarra e, obviamente, nos vocais que inspiram todos esses diferentes tipos de gêneros. Talvez alguns desses gêneros nem saibam de onde veio, porque talvez estivessem ouvindo Killswitch Engage, embora eles fossem mais ou menos — a fórmula dos vocais foi muito inspirada no Fear Factory. Porque às vezes surge uma nova geração de fãs e surge um novo estilo de música e as pessoas não conhecem realmente a história de onde tudo começou. Mas se você voltar, algumas dessas coisas vêm do Fear Factory e de bandas mais tarde, como Killswtich e All That Remains e assim por diante; há um milhão de bandas assim. Então foi tipo o Pantera com o groove e depois o Fear Factory com os vocais.
Nós meio que tivemos o pé na porta em todos esses gêneros diferentes e, de certa forma, quase senti que isso nos machucou, porque não éramos apenas uma coisa. Era metal, um ressurgimento do nu metal, mas não há nenhum ressurgimento do tipo de metal que fazemos. Então é meio estranho que não façamos parte do ressurgimento do death metal ou do nu metal porque não éramos apenas esse tipo de coisas… Só estou dizendo que, de certa forma, fizemos parte de tudo isso – como eu disse, tínhamos um pé no chão em todos esses gêneros diferentes, mas não nos encaixávamos particularmente em um gênero. E isso para mim poderia ter sido parte da razão pela qual não fazemos parte de um ressurgimento de certos gêneros.”
O Fear Factory veio ao Brasil pela primeira vez com seu novo vocalista Milo Silvestro este ano, e estivemos por lá. Confere a resenha.
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