Dino Cazares diz que Burton C. Bell só “representava” no Fear Factory
Dino Cazares conversou com a Brutal Planet Magazine, onde ele falou sobre o ex vocalista do Fear Factory, Burton C. Bell, e como não parecia ter vontade no cantor a frente da banda. Perguntado se o novo vocalista Milo Silvestro trouxe uma nova energia para o grupo, ele diz:
“Sim e não. Sempre tive fogo. Não preciso de ninguém para me trazer nova energia, mas é bom quando você tem alguém que pode igualar a energia que você tem. Porque por um tempo, eu simplesmente senti que – e estou falando de improviso aqui – aquele Burton C. Bell estava apenas representando; ele estava apenas agindo, e parecia que ele não queria estar lá. E então estava meio que faltando. A banda estava caindo por um tempo. E assim que Milo entrou, foi uma lufada de ar fresco tocar com alguém que queria estar lá. E isso foi muito bom. E, claro, todos os trolls virão atrás de mim por dizer isso, mas é o que é. Quer dizer, eu vivi isso. Eu estava lá.
As pessoas me fazem a mesma pergunta que você: Será que Milo trouxe nova energia? Ele trouxe nova vida para a banda? Sim, ele trouxe, porque, como eu disse, ele está combinando com a energia que tenho para esta banda.
Você tem que lembrar: eu vivo, respiro, morro Fear Factory. Eu vivo, respiro e morro a porra do metal e todas as diferentes formas dele. Eu vivo para essa merda. Eu adoro isso. E é por isso que ainda estou aqui.”
Sobre enfrentar o desafio de ter um novo vocalista em uma banda de longa data, ele comenta:
“Muitos fãs, eu entendo, eles não sabem realmente como é – ou talvez saibam. Você está vivo e às vezes você só precisa de uma mudança.
Toda essa coisa é um beco sem saída, porque se você conseguir um cantor que soe como o seu antigo cantor, as pessoas vão reclamar: ‘Oh, parece o antigo cantor.’ E se você conseguir um cantor que não soa como o cantor antigo, ‘Bem, não soa como o antigo.’ E então se você conseguir uma cantora, se você conseguir uma mulher, ‘Bem, ela parece muito com uma mulher. Não soa como a cantora antiga.
Milo simplesmente sabia de tudo. E quando eu digo isso, é tipo, Milo , quando se trata da audição física, no primeiro dia ele fez, tipo – eu não sei – cinco ou seis músicas. … Então eu o convidei novamente no segundo dia, porque ele estava em Los Angeles por alguns dias. Eu disse: ‘Bem, volte novamente. Quero ouvir mais.’ E então ele voltou no segundo dia e acertou outras oito músicas. Ele fez – não sei – 10 ou 15 músicas. Então, o que quer que eu tenha jogado nele, ele sabia. Ele cantou. Ele não precisou olhar o telefone para ver as letras. Nada. Foi uma transição fácil.”
O Fear Factory veio ao Brasil este ano pela primeira vez com Milo, e o que rolou, você confere aqui.