Resenha: Marty Friedman – “Drama” (2024)
Marty Friedman já mostrou em sua jornada que é nada menos do que um dos guitarristas mais criativos e cheio de “histórias” para contar, fosse qual fosse a sua empreitada.
Tanto no Megadeth ou no Cacophony, ele sempre demonstrou com grande estima a sua técnica e presença, e não diferente é a sua carreira solo.
Em “Drama”, seu novo disco, lançado pela Frontiers Music e distribuído pela Shinigami Records, ele se esbalda em uma obra tão profunda, carregada de feeling e de melodias hipnótica e inspiradas, de forma que entrega um trabalho majestoso, pronto para atingir a qualquer tipo de ouvido.
O requinte e o luxo se unem na maravilhosa “Illumination”, dona de andamentos graciosos e embalada em momentos de pura seda. “Song For An Eternal Child” ganha contorno ainda mais profundos com violinos dando o traçado da composição, que ganha andamento leve, doce e belíssimos. Os pianos no início de “Triumph” continuam a demonstrar a riqueza das melodias da obra, e as três faixas parecem se enroscarem dentro de suas concepções, criando uma linha interligada entre elas de puro deleite sonoro.
Após três faixas, é notável ver como Marty escolheu a sensibilidade, o feeling, a masturbação sonora que geralmente encontramos em um disco de guitarristas.
Mas calma, há tempo para o peso. “Thrill City” muda a roupagem, trazendo andamentos mais cravados, ainda priorizando as melodias. “Deep End” é soturna e mais dramática, talvez a que mais leve o nome do disco a risca. Vale aqui o destaque do belíssimo andamento da bateria de Gregg Bissonette. Já “Dead of Winter“, ganha os vocais de Chris Brooks, em uma faixa que ganha roupagem moderna, sem perder as características do que o disco apresenta. “2 Rebeldes” é a versão espanhol da mesma faixa, que ganha os vocais de Steven Baquero Vargas, e não fica nada atrás de sua “irmã gêmea”.
Em “Drama“, Marty Friedman entrega essência, feeling, inspiração e consegue colocar mais um bloco consistente em sua já consagrada carreira e carimba mais uma vez o porquê de seu nome ser sempre lembrado ao se falarmos em seis cordas.
NOTA: 8