Mikael Åkerfeldt critica a “perfeição” das músicas de novas bandas

Mikael Åkerfeldt, líder do Opeth, conversou com a MusicRadar, onde ele falou sobre a perfeição no som das bandas novas e como faz falta ter algumas imperfeições. Ele comenta:

“Sim, e isso é algo que você não vê na demo, há humanidade na imperfeição. Se você ouvir minha demo, ela é perfeita pra caralho, e eu sou – de novo – um defensor do som humano, e é por isso que não sou necessariamente louco por discos de metal modernos, onde tudo é quantizado até o limite, e é perfeito, é computadorizado. Simplesmente não soa certo para mim.

As demos que eu faço são assim. É bom ter um modelo perfeito e então você meio que fode um pouco quando grava, e ele se torna um disco com som humano no final”

Mikael ainda falou sobre os rumos do novo disco de sua banda. Ele diz:

“Eu queria experimentar. Eu estava pensando, e nós estávamos conversando na banda que deveríamos, talvez pudéssemos tentar e ver o que acontece se escrevermos algo um pouco mais pesado. E eu senti que queria tentar e ver se eu poderia escrever música e encaixar esse tipo de vocal em uma música nova. E eu não fazia isso há muitos anos… Já faz um tempo. Então eu escrevi algumas partes e tentei os vocais de death metal, e soou incrível. Além disso, também forneceu uma voz diferente para esse personagem na história. Tornou-se um trunfo que eu realmente não precisava, nos últimos quatro álbuns. Mas agora era um trunfo que realmente poderia ser benéfico para todo o conceito, para todo o disco. Soou incrível também. Estou feliz.”

O Opeth lança seu novo disco “Last Will and Testament” no próximo dia 22. A banda virá ao Brasil no próximo ano como uma das atrações do Monsters of Rock. Os ingressos podem ser adquiridos aqui.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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