O disco que inventou o “rock satânico” para Mikael Akerfeldt do Opeth
O Black Sabbath é o pai do heavy metal para muitas pessoas e também, do lado mais ocultista dessa música, tratando de temas do obscuro e maléficos, mas para Mikael Akerfeldt do Opeth, houve um outro disco que trouxe ao mundo as trevas do “rock satânico”.
Em conversa com a Metal Hammer em 2019, ele contou sobre “Witchcraft Destroys Minds & Reaps Souls” do Coven:
“Este foi o primeiro álbum desse tipo. Não consigo pensar em nenhuma outra banda como eles daquela época. Toda a coisa satânica foi, claro, pioneira. O Black Sabbath só tinha uma música sobre o tema do ocultismo. O Coven tinha uma missa negra de 13 minutos de palavra falada no lado B do álbum.
Há algumas ótimas músicas lá, como White Witch Of Rose Hall . E as letras são intrigantes. Elas são como breves romances de terror. Musicalmente, tinha mais afinidade com as bandas da Costa Oeste, como Jefferson Airplane, do que com Sabbath. Tinha uma forte vibração hippie com algumas letras bem desagradáveis, mas não tanto uma vibração hippie. A entrega vocal de Jinx Dawson é inigualável, e há algumas harmonias vocais super legais lá.
É um disco estranho no geral. A maioria dos discos estranhos precisa de algum tempo para amadurecer até que as pessoas percebam que é um marco em potencial. Eles provavelmente causaram um certo impacto no meio da cena de canções de protesto do Vietnã e das coisas hippies genéricas sobre ficar chapado e fazer amor. E ainda é revigorante até hoje. Por que é um marco tão grande? A resposta curta provavelmente seria: Satanás e Jinx Dawson.”
Mikael vem ao Brasil este ano junto com o Opeth para o festival Monsters of Rock.