Arch Enemy: 20 anos de “Doomsday Machine”

Há 20 anos, em 26 de julho de 2005, o Arch Eneny lançava “Doomsday Machine“, o sexto álbum da discografia da banda precursora do chamado Death Metal Melódico e que é tema do nosso bate-papo desta sábado.

No início do milênio, o Arch Enemy era uma das bandas mais relevantes da cena. Os bons resultados obtidos com o álbum “Anthems of Rebellion” deram mais visibilidade e era comum vê-los nos principais festivais do verão europeu. Assim que a turnê se findou, o quinteto se reuniu para iniciar o processo de composição do novo álbum.

Com uma pequena mudança na produção, já que Andy Sneap foi substituído por Rickard Bengtsson, a banda foi para o Slaughterhouse Studio, localizado em Halmstad, na Suécia, onde ficaram entre os meses de março e maio de 2005. Andy Sneap não foi completamente deixado de lado, pois ele atuou na mixagem e masterização, que aconteceu no Backstage Studios, em Derbyshire.

O álbum conta com algumas participações especiais: o guitarrista Gus G., que depois assumiria o lugar deixado por Christopher Amott, gravou o solo em “Taking Back my Soul“; Ola Strömberg gravou os teclados e Apollo Papathanasio gravou backing vocais que podem ser ouvidos ao longo do play.

O Arch Enemy repetiu a fórmula utilizada no álbum antecessor e o resultado é uma sonoridade bem parecida, em alguns momentos soa mais pesado e até mais extremo. O álbum tem duração de 49 minutos e onze faixas, das quais podemos destacar “Taking Back my Soul“, “Nemesis“, “My Apocalypse“, “Carry the Cross” e o medley “I am the Legend/ Out for Blood“.

A versão japonesa do álbum, que saiu pela Toy’s Factory e foi lançada cinco dias antes da data do lançamento mundial, traz duas faixas bônus: são versões ao vivo para as músicas “Heart of Darkness” e “Bridge of Destiny“, que foram gravadas durante uma apresentação realizada pela banda em Paris no dia 27 de fevereiro de 2004.

Doomsday Machine” foi bem aceito pela crítica especializada. Já a receptividade por parte do público foi ok, e o álbum figurou em algumas paradas de sucesso pelo mundo, como o 23° lugar na Suécia, o 74° na Áustria e o 87° na badalada “Billboard 200“. Das músicas gravadas para nosso aniversariante, somente “Nemesis” e “My Apocalypse” ainda resistem nos shows atuais da banda. Estas duas músicas, inclusive, tiveram videoclipes produzidos e foram veiculados no Headbangers Ball, da MTV estadunidense.

Como dito no início do nosso texto, o guitarrista Christopher Amott acabou saindo do Arch Enemy assim que as gravações se encerraram. Ele foi substituído por Gus G. e depois por Fredrik Åkesson. O irmão de Michael retornou ao Arch Enemy em março de 2007, quando a banda se preparava para gravar “Rise of the Tyrant“, o sucessor deste, ficando até o ano de 2012. Desde 2016, ele faz parte do Black Earth, banda que consiste na formação do Arch Enemy da época do vocalista Johan Liiva, e também tem a sua banda solo, onde acumula as funções de vocalista e guitarrista.

No ano de 2006, a banda lançou o álbum duplo “Live Apocalypse“, que traz registros de duas apresentações, uma realizada na cidade de Londres, em 17 de dezembro de 2004 e outra que aconteceu em Manchester, em 13 de dezembro de 2005, esta com Fredrik Åkesson na segunda guitarra.

Hoje é dia de celebrar os vinte anos deste belo álbum, que vai envelhecendo bem, obrigado. O Arch Enemy segue em atividade, hoje com Alissa White-Gluz no lugar de Angela Gossow e com o guitarrista Joey Conception, que estreou no recém-lançado álbum “Blood Dynasty“.

Doomsday Machine – Arch Eneny 
Data de lançamento – 26/07/2005
Gravadora – Century Media 

Faixas:
01 – Enter the Machine 
02 – Taking Back My Soul
03 – Nemesis
04 – My Apocalypse   
05 – Carry the Cross   
06 –     I am Legend / Out for Blood 
07 – Skeleton Dance
08 – Hybrids of Steel 
09 – Mechanic God Creation    
10 – Machtkampf
11 –     Slaves of Yesterday

Formação:
Angela Gossow – vocal
Michael Amott – guitarra
Cristopher Amott – guitarra
Sharlee D’Angelo – baixo
Daniel Erlandsson – bateria

Participações especiais:
Gus G. – guitarra solo em “Taking Back my Soul
Ola Strömberg – teclado
Apollo Papathanasio – backing vocal

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

2 thoughts on “Arch Enemy: 20 anos de “Doomsday Machine”

  • julho 27, 2025 em 2:20 pm
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    Grande clássico e grandes riffs matadores, bons tempos de antigamente!!!! Saudade de Angela nos vocais e de sua atitude metaleira, valeu!!!!

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