Dave Lombardo elogia nova geração de bateristas de metal: “Há muitos músicos excelentes por aí”

Em entrevista à Rádio Kiss FM 92.5, do Brasil, o lendário baterista ex-Slayer e atualmente à frente de diversos projetos, Dave Lombardo, expressou seu otimismo em relação à nova geração de bateristas de metal, afirmando com humildade e entusiasmo:

“Bem, há muitos músicos excelentes por aí. Não vou dizer nada negativo, a menos que queira levar um tiro ou algo assim. Mas há muita música boa, ótimas bandas por aí. Estou ansioso para ver o que mais vai surgir.”

Ele aproveitou também para compartilhar seu desejo de acompanhar essa nova efervescência musical pessoalmente: “Vamos ver — já faz cerca de um ano que saímos em turnê, então estou ansioso para ver o que está por aí, assistir a algumas bandas novas em festivais e coisas assim.”

A conversa prosseguiu com reflexões sobre a transformação do setor da música, impulsionada pelas tecnologias digitais e pelas redes sociais. Lombardo destacou as oportunidades trazidas por essas mudanças, mesmo reconhecendo os aspectos negativos. “Todos sabemos da parte negativa — obviamente, a mudança que tivemos de testemunhar. Mas, ei, isso é evolução. Isso é vida. Vamos ficar velhos se começarmos a reclamar sobre isso. É tipo: ‘Ah, naquela época era melhor’, isso e aquilo. Mas não — você tem que acompanhar o fluxo.”

Ele também elogiou as oportunidades de produção e compartilhamento oferecidas pela era digital: “Acho que há muitas vantagens na indústria de hoje. Primeiro, você pode lançar música — qualquer um pode lançar música e gravar em casa. E há tantas vantagens. A pesquisa que você pode fazer online para esclarecer dúvidas, se tem uma ideia, se tem um problema. Tudo isso são vantagens brilhantes. Acho que devemos abraçá-las e usá-las a nosso favor. Se ficarmos sentados reclamando das pequenas coisas, estamos perdendo o ponto.”

Sobre o uso de inteligência artificial na música, Lombardo foi enfático ao defender o valor insubstituível da performance ao vivo: “Na verdade, gostaria de ver IA executando isso ao vivo. O elemento humano, a sensação de ter um stack Marshall sendo tocado na sua frente e um subwoofer e o baixo de um baterista numa bateria real — não tem nada igual. Talvez as pessoas esqueçam, algo pode surgir e substituir isso, mas espero que não. Esse aspecto, a música ao vivo, acho que as pessoas precisam disso, precisam sair e ver e experimentar isso, uma performance ao vivo. Então não vejo isso desaparecendo. E a IA definitivamente não pode substituir isso.”