Bruce Dickinson admite que “não acompanhava muito o Iron Maiden durante era Blaze Bayley”

Em uma entrevista recente no podcast Talk Is Jericho, apresentado pelo vocalista Chris Jericho, Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, falou abertamente sobre sua percepção da banda durante o período em que não fazia parte dela, nos anos de Blaze Bayley à frente.

Dickinson explicou que, embora mantivesse respeito pelo que estava sendo feito, não prestava muita atenção às atividades do Maiden nessa fase:

“Não. Não é que eu não tivesse interesse em ouvir os álbuns da era Blaze do Maiden. Eu simplesmente estava ocupado demais fazendo minhas próprias coisas. Então, foi uma consciência periférica, mas de certa forma eu pensava: ‘Isso não é coisa minha. Eu não estou na banda mais.’” 

Ao comentar sobre a escolha de tocar músicas da era de Blaze após seu retorno ao grupo, Dickinson disse:

“Algumas dessas músicas realmente funcionavam com a minha voz, outras não. Mas, sabe, eram todas músicas que muitos fãs do Maiden compravam, e algumas delas, em particular ‘The Clansman’ e ‘Sign Of The Cross’, acho que nós acertamos bem. Achei que era um material ótimo.” 

Ele também pontuou que Blaze tinha uma voz bem diferente da dele — mais grave — o que influencia no desempenho vocal de certas faixas hoje, sob seu próprio timbre. Dickinson comentou que em músicas muito abaixo de seu registro vocal “ele teria dificuldades para fazer soar tão eficaz quanto Blaze.”

Além disso, Dickinson reconheceu a coragem de Blaze ao assumir a difícil tarefa de sucedê-lo, dizendo:

“Tinha o maior respeito pelo Blaze, porque ele entrou numa situação extremamente difícil. Porque, manifestamente, a voz dele era tão diferente da minha e ainda assim ele teve que tentar cantar algumas dessas músicas mais antigas do Maiden. Ele estava numa posição complicada.”

Foto: André Tedim