David Ellefson questiona se anúncio de despedida de Dave Mustaine não seria apenas estratégia para vender ingressos

Em nova entrevista ao site AlternativeNation.net, o ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, expressou cautela e dúvidas sobre a decisão anunciada por Dave Mustaine de que o próximo álbum da banda seria o último, acompanhado de uma turnê de despedida em 2026.

“Se realmente for uma despedida, e não apenas uma tentativa de aumentar vendas de ingressos… porque já vimos esse filme antes — subir valor de ingressos, depois desaparecer, e voltar quando chegam as grandes ofertas”, disse Ellefson. “Mas, se Dave precisa encerrar, desligar isso e dizer adeus porque ele está exausto… então, como amigo que ainda sou, mesmo sem termos conversado por quase cinco anos — que Deus abençoe, irmão. Faça isso com dignidade e graça e faça o que você diz e diga o que você quer dizer.”

Ellefson continuou dizendo que a ideia de “farewell” foi usada tantas vezes que perdeu força:

“Acho que essa ideia de despedida foi usada por tantas pessoas que já não carrega muito peso. Nós já vimos isso repetidas vezes. Então, se você realmente precisa encerrar, encerre com dignidade e vá aproveitar o resto da sua vida.” 

Ele também comparou a proposta de despedida do Megadeth ao modelo adotado pelo Black Sabbath no evento Back to the Beginning, no qual todos os membros originais se reuniram para uma despedida simbólica:

“O que vimos em Birmingham, na minha opinião, foi 100% o jeito certo de dizer adeus. Você traz de volta os originais — Geezer, Tony, Bill e Ozzy — os quatro que começaram tudo — para dizer adeus juntos aos fãs. Para mim, esse é o modelo de como se faz.”

Ellefson afirmou que não está sentado esperando por um convite, mas deixou claro que, se Dave o convidasse, estaria aberto a participar de alguma forma:

“Não estou esperando uma ligação. Já disse que, se pintar essa chance, ficaria feliz em participar de algum nível.”