M. Shadows não quer saber das críticas mistas ao último disco do Avenged Sevenfold

Quando o Avenged Sevenfold lançou seu último disco, “Life is But a Dream…” (leia resenha aqui), os fãs dividiram suas opiniões sobre o trabalho, e o que ele entregou. Uns amaram, outros não tiveram as expectativas de longos anos de espera correspondidas com o registro.

Em entrevista a Rolling Stone Brasil, o vocalista M. Shadows, disse não se importar com as variações de opiniões. Ele diz:

 “Não acho que nada disso me incomode. Acho que incomode mais outras pessoas do que a banda. Mas acho que é saudável para nós ignorarmos isso, porque quando escrevemos aquele disco… Cada um dos nossos discos, eu acho, serviu a um propósito muito legal na época. Eu definitivamente acho engraçado. Há aqueles momentos em que você pensa… Estávamos tocando na Grécia, e acho que havia, tipo, 10 ou 12.000 pessoas [lá], e eu olho para esses rostos e penso, eu me pergunto o que essas pessoas pensaram na primeira vez que tocaram 
‘Life Is But A Dream…’ É meio engraçado para mim. Eu me divirto mais com isso do que qualquer outra coisa. Porque nós apoiamos totalmente. Nós amamos. Achamos ótimo.

Acho que essas pessoas podem embarcar em uma jornada e aprender a gostar daquilo, ou amaram de cara, ou nunca mais vão usá-lo. Mas a ideia de que temos algum tipo de controle sobre nossa arte e podemos divulgá-la e afetar as pessoas dessa forma, é meio engraçada para mim. Não pode ser tão sério, né? Tipo, se alguém faz uma pintura e você pensa: ‘Ah, eu não gosto disso, mas eu gosto daquilo’. Os artistas devem fazer o que querem fazer. Não deixamos que isso nos pese tanto quanto provavelmente pesa sobre outras pessoas.”

Quem acompanha o Avenged Sevenfold sabe que a banda não costuma se repetir em seus trabalhos e a cada lançamento, e Shadows falou sobre esse desafio dele e dos seus companheiros na hora de compor um novo disco:

“Ultimamente, tenho me interessado muito pelo uso de melodias únicas, e quando você tem uma melodia única, um riff super quadrado… E então, quando começamos a pensar sobre a música daqui para frente, e isso começou com  ‘The Stage’ e com ‘Life Is But A Dream…’ , estamos realmente brincando tonalmente com coisas que realmente nos interessam e meio que dobram nossos ouvidos e nos fazem sentir algo. E então, se você consegue continuar perseguindo algo e fazendo você sentir algo, a coisa que você já fez não vai fazer você se sentir super diferente, porque você já fez. E se você está tocando muito nesses modos e está tocando riffs em 4/4 e está meio que fazendo transições do jeito que costumava fazer, você vai sentar lá com seus amigos quando estiver compondo música e não vai sentir nada, porque Você já fez isso um milhão de vezes. E então, sempre que nos aventuramos em algo que é muito único, em termos de tom ou riff, ou na maneira como podemos arranjar algo, e ficamos animados, pensamos: ‘Ok, agora temos algo para nos basear. Vamos continuar perseguindo esse sentimento e depois o lançaremos.’ É isso que nos mantém em movimento. É essa busca de, tipo, ‘Como posso me fazer sentir um sentimento que nunca senti ou que parece realmente louco, muito bom ou realmente único?’ E acho que essa é a única maneira de expressar isso. E não sei como chegar lá a não ser continuar ultrapassando os limites além do que me deixa confortável. Então é isso que nos mantém inspirados — apenas encontrar coisas novas para nos fazer sentir estranhos.“

O Avenged Sevenfold retorna ao Brasil em janeiro no próximo ano, após a banda ter adiado a suas apresentações no país devido a um problema com a voz de M. Shadows. Os ingressos estão disponíveis aqui.