Paul Rodgers não participará da cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame com o Bad Company “para priorizar sua saúde”
O lendário vocalista britânico Paul Rodgers, conhecido por sua voz marcante à frente do Bad Company e também do Free, anunciou que não participará da cerimônia de indução da banda ao Rock & Roll Hall of Fame. O evento está marcado para o dia 8 de novembro de 2025, em Los Angeles, e celebrará a inclusão do grupo entre os grandes nomes da história do rock.
Aos 75 anos, Rodgers usou suas redes sociais para se pronunciar sobre a decisão, revelando que, embora desejasse muito estar presente e cantar com os antigos companheiros, precisa colocar a saúde em primeiro lugar neste momento. Em um comunicado, ele explicou:
“Minha esperança era estar na cerimônia de indução do Rock & Roll Hall of Fame e me apresentar para os fãs, mas neste momento preciso priorizar a minha saúde. Eu não tenho problema em cantar — é o estresse de todo o resto. Obrigado por entenderem.”
Apesar da ausência, Rodgers tranquilizou os fãs dizendo que o baterista original do Bad Company, Simon Kirke, estará presente para representar o grupo no evento e se apresentará ao lado de músicos convidados. Ele comentou com bom humor:
“Simon, junto com alguns músicos incríveis, vai subir ao palco em meu lugar — garantido que vai ser um grande show.”
A notícia pegou muitos fãs de surpresa, já que esta seria a primeira vez que o Bad Company seria homenageado no Hall da Fama, mesmo sendo elegível desde 1999. A banda, formada em 1973, é lembrada por sucessos como “Feel Like Makin’ Love”, “Can’t Get Enough”, “Shooting Star” e “Rock ’n’ Roll Fantasy”, que se tornaram hinos do rock clássico nos anos 1970.
O grupo se destacou por unir a energia do hard rock britânico com o blues americano, e Paul Rodgers sempre foi visto como o grande motor criativo e vocal da banda. Sua voz poderosa e emocional o tornou um dos cantores mais respeitados do gênero, influenciando nomes como Freddie Mercury e David Coverdale.
Nos últimos anos, Rodgers enfrentou alguns problemas de saúde que o afastaram dos palcos por períodos prolongados. Em 2023, ele revelou ter passado por duas cirurgias nas cordas vocais e 16 procedimentos nas costas e ombros, o que o fez reavaliar seu ritmo de trabalho e o impacto físico das longas turnês. Apesar das dificuldades, o músico voltou a se apresentar esporadicamente e lançou novas gravações, mostrando que ainda mantém seu talento intacto.
Em entrevistas recentes, Rodgers tem enfatizado a importância de equilibrar a carreira e o bem-estar físico e mental, especialmente depois de décadas na estrada:
“Cantar sempre foi algo natural para mim, mas a vida de turnê exige muito do corpo e da mente. Aprendi que, às vezes, é preciso parar para preservar o que é mais importante.”
Sobre o Rock & Roll Hall of Fame 2025
A cerimônia de indução do Rock & Roll Hall of Fame 2025 promete reunir grandes nomes da música, e o Bad Company finalmente receberá o reconhecimento formal por sua contribuição à história do rock. Mesmo ausente fisicamente, Rodgers deve ser homenageado durante o evento — e sua influência certamente será lembrada pelos colegas e fãs.
Simon Kirke, que segue ativo em apresentações solo e tributos, disse em entrevistas anteriores que esperava poder dividir o palco novamente com Rodgers, mas entende a decisão do cantor. “Paul é como um irmão para mim. A saúde vem em primeiro lugar, e todos queremos vê-lo bem. Vamos celebrar a música que fizemos juntos.”
A ausência de Paul Rodgers é sentida, mas sua trajetória e legado permanecem firmes. O vocalista, cuja carreira ultrapassa cinco décadas, continua sendo um dos símbolos mais autênticos do rock clássico — um artista que, mesmo fora dos holofotes, ainda inspira respeito e admiração em gerações de músicos e fãs.
