“É bizarro”: Michael Sweet comenta reação hostil a fé em shows do Stryper
Na mais recente participação no podcast Talkin’ Bout Rock, o front-man Michael Sweet abordou as dificuldades que o Stryper enfrenta hoje mesmo após décadas na cena. Ele afirmou:
“Acho que é diferente. Os desafios de hoje são diferentes dos desafios de antes.”
Ele lembrou que nos anos 80, a resistência vinha basicamente da combinação entre visual, som e letra:
“Na década de 80, os desafios para nós eram o som diferente, o visual diferente e, basicamente, cantar sobre Jesus.”
Hoje, segundo Sweet, o foco se voltou para a mensagem central da fé.
Protestos deliberados nos shows
Sweet revelou que já percebeu um comportamento estranho em plateias de shows da banda. Ele contou:
“…essas pessoas que vêm só para falar contra a fé e o cristianismo. Não entendo. É bizarro.”
Ele ainda completou:
“It seems like you could say anything you want about Christianity. I don’t know. Maybe I’m wrong.”
Na visão dele, a fé cristã pode ser alvo de críticas que outras crenças não enfrentam na mesma intensidade.
Um metal com fé e postura firme
Quando questionado sobre o estilo musical cada vez mais pesado da banda, Michael comentou que o Stryper nunca buscou ser “apenas uma banda cristã”. Ele explicou:
“Somos uma banda de rock formada por cristãos… Mas na verdade não somos uma banda cristã.”
O músico diferenciou a proposta da banda de grupos da cena cristã tradicional e reforçou o compromisso sincero com as letras:
“Com uma banda como o Slayer… o interessante é que o Stryper… nós praticamos o que pregamos.”
Aceitação em duas frentes
Apesar de ter alcançado sucesso, como álbum platina com To Hell With the Devil, o Stryper continua dividido entre o mundo secular e o cristão. Michael observou:
“We’ve never been accepted by either side. The secular side… we’re probably that band that everyone’s going to go to… to mock.”
Ele acrescentou que no meio cristão o grupo permanece fora do “clube esperado” por não seguir padrões convencionais.
Legado e identidade
Formado há mais de quatro décadas, o Stryper toma o nome de uma passagem bíblica (Isaías 53:5) e mantém discos como God Damn Evil e When We Were Kings no catálogo. Mesmo com trajetória sólida, Michael acredita que o caminho continua e ressalta que a banda persiste apesar das reações:
“Isso me deixa meio chateado, mas ao mesmo tempo, também me motiva a fazer mais. É assim que eu sou.”
Foto: André Tedim
