Jake E. Lee revela quem realmente o demitiu da banda de Ozzy Osbourne

Bastidores difíceis e uma demissão que chocou a cena do metal

O guitarrista Jake E. Lee, que fez parte da banda de Ozzy Osbourne entre 1982 e 1987, contou com franqueza os bastidores de sua demissão. Ele afirma que sua saída não foi uma decisão unilateral do vocalista, mas sim resultado de articulações internas. Segundo Lee:

“O baixista Phil Soussan estava tentando convencer Ozzy a deixá-lo ser o principal compositor da banda, ao mesmo tempo que o desencorajava a usar o material de Lee, e Soussan foi ‘parcialmente responsável pela minha demissão’.”

Lee explica que, mesmo tendo participado da gravação do álbum The Ultimate Sin, sua permanência no grupo acabou abruptamente por influência do baixista Phil Soussan.

A descoberta da demissão e o clima de surpresa

O músico relatou que ficou sabendo da demissão de forma completamente inesperada, sem prévio aviso oficial. Ele descreveu o momento:

“Descobri que tinha sido despedido da banda do Ozzy através do meu técnico de guitarra.”

A revelação mostra como o processo foi conduzido nos bastidores, em vez de se dar publicamente ou diretamente por Ozzy ou sua equipe.

O valor da fase ao lado de Ozzy e o impacto na carreira

Apesar da forma conturbada da saída, Jake E. Lee reconhece a relevância daquela etapa na sua trajetória musical. Ele afirmou:

“Parte da minha vida com Ozzy representou alguns dos anos mais importantes da minha carreira em aprendizado de guitarra.”

Essa declaração mostra que, mesmo não sentindo-se parte da banda mais adiante, ele mantém respeito pelo período em que fez parte do legado do “Príncipe das Trevas”.

Por que essa história ressoa ainda hoje

A entrevista de Jake E. Lee ilumina disputas internas que muitas vezes permanecem ocultas no mundo do rock e do metal. A figura de Ozzy Osbourne aparece menos como o único tomador de decisões e mais como peça principal de um tabuleiro complexo, onde compositores, managers e músicos disputavam poder e crédito.

Essas revelações reacendem o debate sobre quem realmente controla as carreiras de grandes artistas e como contribuições musicais podem ser reavaliadas com o tempo. Para fãs de guitarras, isso reforça a importância de examinar o contexto completo das colaborações icônicas da era clássica.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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