Metallica perde processo de seguro por shows na América do Sul
O Metallica moveu uma ação contra a empresa Lloyd’s, de Londres, devido a perdas que a banda teve, quando foi obrigada a cancelar a sua turnê de 2020 pela América do Sul, devido a pandemia do covid-19.
Uma queixa foi apresentada pelo grupo em junho de 2020 no Tribunal Superior de Los Angeles, com a seguinte reclamação, “cancelamento, abandono e seguro de não comparecimento”, assim sendo, a empresa Lloyd’s de Londres não cumpriu seu papel como seguradora, que citou a exclusão de doenças transmissíveis da apólice. Segundo o Metallica, a mudança de “uma interpretação excessivamente restritiva da apólice” e alegou quebra de contrato, e que a empresa não tinha como provar que a pandemia é a causa próxima eficiente dos cancelamentos porque existem outras causas adequadamente alegadas que são cobertas pela Apólice”. O motivo seriam as restrições de viagens, o dever de mitigar danos, a necessidade de ‘achatar a curva’ e as ordens de permanência em casa causaram o cancelamento dos shows”.
Mas ao que parece, o júri do caso entendeu a favor da empresa. Em uma decisão de 30 de novembro obtida pela Billboard, a juíza da Corte Superior de Los Angeles, Holly J. Fujie , discordou dos argumentos do Metallica e setenciou: “As restrições de viagem que causaram os cancelamentos de shows foram uma resposta direta à crescente pandemia de COVID-19. A evidência demonstra que a pandemia do COVID-19 estimulou as restrições de viagens para a América do Sul e restrições a reuniões públicas. A pandemia do COVID-19 foi, portanto, a causa próxima eficiente dos cancelamentos dos shows.”
Após a iniciação do processo, um representante do Lloyd’s esclareceu por meio de um comunicado à imprensa: “O Lloyd’s não é uma companhia de seguros, ele supervisiona e regula um mercado de seguradoras independentes. Por esse motivo, não temos informações sobre nenhuma apólice ou processo específico e em qualquer evento não estão autorizados a comentar assuntos em litígio.”
Os shows em questão passariam pelo Brasil, com quatro datas na ocasião, e que foram finalmente realizadas em 2022.
Esta não foi a primeira vez que uma banda teve problema jurídicos com o Lloyd’s. Em 2015, após Dave Grohl quebrar a perna, o Foo Fighters, teve de cancelar sete shows, e a banda também moveu um processo parecido com a empresa, porém, devido a cláusulas de contrato, acabou também perdeu a ação movida.