Cristina Scabbia não vê mulheres sendo tratadas como os homens no metal

Cristina Scabbia, vocalista do Lacuna Coil, falou em entrevista ao “My 3 Question To“, sobre como ela vê diferenciações entre mulheres e homens no metal. Ela comenta:

Eu sinto que as coisas mudaram? Absolutamente, sim. Quando eu comecei, não havia tantas bandas com uma mulher na formação. Metal ainda era um não-não para mulheres, porque era uma cena muito dominada por homens . O que ainda é, mas é claro que há muito mais bandas com mulheres na formação, o que me deixa feliz, embora ainda sejamos vistos de maneira diferente. Acho que nunca vai acontecer de sermos vistos igualmente, e parcialmente está tudo bem assim porque somos diferentes.Eu acho que somos um mundo diferente.

O que eu não gosto em ser mulher em um mundo dominado por homens é o fato de que muitas vezes somos julgadas por nossa aparência, o que eu entendo; muitos caras fazem o mesmo. Mas para as mulheres, é como… Digamos que para os rapazes, se eles têm a aparência, é uma vantagem. Para as mulheres, se elas têm a aparência, é uma vantagem em termos de atenção da mídia; é uma vantagem em termos de — Não sei — pessoas babando com você; mas isso não necessariamente aumenta o potencial que você já tem. E isso é uma pena, porque as pessoas não devem ser julgadas por sua aparência. Eu entendo que a aparência é a primeira coisa que você vê, mas vai ser legal se for possível ir além disso, principalmente na música, onde o instrumento que você toca, a voz que você está empurrando para fora do seu corpo e os sentimentos que você coloca no trabalho.”

Atualmente o Lacuna Coil divulga seu último lançamento,” Comalies XX“, a nova versão do disco clássico e responsável por jogar a banda no estrelato. O grupo se prepara para compor um novo registro este ano.

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Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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