Resenha: Behemoth – “I Loved You At The Darknest” (2018)
Atualmente, se falarmos em música extrema, um dos nomes mais proeminentes com certeza é o Behemoth. Os poloneses cravaram uma estaca no gênero e criaram um turbilhão sonoro com seus discos, que pareciam uma rachadura nas profundezas do inferno trazendo a superfície hordas de caos e pandemônio com sua música.
Mas ao passar do tempo, a banda foi modificando sua composição, mantendo sua agressividade, mas tornando as melodias mais presentes, transformando mais atmosférica a cadenciada suas produções. A chave definitiva dessa modalidade se deu em “The Satanist”.
Na sequência, Nergal e seus companheiros lançaram “I Loved You At The Darknest”, lançado pela Nuclear Blast e trazido ao Brasil pela Shinigami Records.
Neste álbum, encontramos o Behemoth bastante cadenciado, com pitadas do doom metal, como podemos ver em “Wolver Ov Siberia”, que traz a ferocidade das composições aliadas a momentos mais melódicos. Na sequência, “God=Dog”, uma das mais brutais canções já feitas pelo Behemoth, chega sem perdão, trazendo vocais extremos aliados a momentos de um grave acompanhado de corais, mostrando a versatilidade empregada nos atuais momentos do grupo. O single ganhou um vídeo de grande produção. Os corais de crianças na faixa dão ainda mais um tom macabro ao todo.
“Ecclesia Diabolica Catholica” da sequência em um andamento mais ágil, com boa dinâmica e ótimo groove da bateria além de um refrão indo mais ao encontro de um quase gótico/industrial metal. “Bartzabel” se tornou uma das favoritas dos fãs, e se diferencia de outras faixas do Behemoth. Bem mais lenta, com andamento soturno, o refrão é quase um mantra repetido. A caótica “Angelvs XIII” é destaque com sua brutalidade e algumas mudanças do andamento em sua metade. “Havohej Pantocrator” é bastante presente no disco pela sua carga densa que no indica para um céu nublado e carregado, um tanto imersiva. “Rom 5:8” continua essa levada e cria campo para seguirmos ao final. Encerrando está “O Pentagram Ignis”, que mostra a brutalidade do Behemoth, mas que não parece uma música para encerramento de um álbum deles.
A evolução da banda é nítida e mostra que não irá parar, que Nergal tem ambições grandes para a sua horda. Ainda que divida as opiniões entre os mais puristas do som extremo, é certo que a avalanche não vai acabar e dessa fornalha, muito ainda há por vir.
NOTA: 7