A banda que “Carry On” copiou, segundo Fabio Lione
Se o Angra tem um clássico absoluto, é sem dúvidas a faixa “Carry On“, do disco de estreia da banda, “Angels Cry“. Mas para Fabio Lione, a música é uma cópia do Helloween, conforme ele diz em participação no podcast Fala Ordinário, conforme tradução do Confere Rock:
“Cara, eu faço uma coisa e amanhã os fãs vão me odiar. Me vão odiar! E nesse CD estão cantando Halloween e Fly Free, Let People… e lá, a melodia — my lord… pictures… ok, pausa… carry on.
Se você imagina Carry On sem a pausa — porque é só pausa — Carry, Eagle fly… estamos lá até o solo, e depois o solo da bateria.
Então, é isso: são músicas muito boas, sim, mas se estamos sempre no mesmo círculo de acordes, os intervalos ali são meio similares. Por quê? Porque a galera canta bem, é fácil, acessível. Mas cara, eu acho que a banda nem sempre tem que compor pensando que os fãs são fodas, né? Desculpa falar isso, mas… cara, faz um álbum! Não necessariamente precisa ser igual.
Pode ter um álbum de Power Metal, mas o próximo não pode ser de Prog Metal? Com refrão, solo… mas não precisa ter 11 músicas, de Power Metal. Seriam 11 maneiras de trabalhar músicas diferentes, né? Poderia ser pensado talvez dessa forma. Não precisa, quando você faz uma ou duas que são realmente legais, já está bom. Depois, arrisca um pouco, faz algo mais experimental, mais romântico… eu sinceramente não consigo escutar um CD de Power Metal, do começo ao fim, que seja só Power Metal.
Essa é a diferença: não é uma tática. Sim, é uma banda que toca Power Metal com influência de prog, com influência da música brasileira, da cultura brasileira, misturada a isso. E música clássica também, talvez? Música clássica, exato! E isso dá um plus à música, que eu acho que é única.
Aham. E do mesmo jeito que o Rhapsody foi uma banda que, sim, tocava Power Metal — o famoso “metal espadinha”, né? — mas não era só isso. Porque tem música clássica, tem música folk! Tem ópera…
Cioè, è tutto misturato, não é simplesmente… Sim, sim! Não é só isso. Alguma música pode até parecer mais ou menos como música de Power Metal genérico, mas, ainda assim, eu penso que Rhapsody nunca foi realmente genérico. Porque o arranjo é tão complicado — orquestra, estrutura — que nunca vai chegar realmente como um Power Metal genérico.
Eu acho que Rhapsody é uma banda que conseguiu fazer… as mães — ah! — é algo conosco! Muitas pessoas dizem: “Meu pai, minha mãe…” Porque é uma banda… A música é diferente, é diferenciada.
Fui lá no Chile com os meninos. Porque não tocamos Bleeding Heart, ninguém deles sabe que é Calcinha Preta. Eu cantei de propósito, em português, e a banda chilena me olhou tipo: “Que é isso? É original?”
A original é essa. Esse é o original. Muito bom! Ninguém deles sabia, ninguém deles. Velho… essa é aqui no Brasil. Calcinha Preta é aqui do Norte, Nordeste, principalmente.
Exato. Eu gosto muito.”
Como eu citei lá na matéria sobre ¨As principais diferenças entre Andre Matos e Edu Falaschi segundo Fabio Lione¨ em que Halford ficaria interessante fazendo cover de ¨Nothing to Say¨, que é quase uma versão ¨Painkiller¨ do Angra! Aqui aparece algo similar em termos de comparação, vejo algumas bandas ou talvez muitas tendo seus ¨Hits¨de destaque ou música de destaque de tal album, sendo que as vezes a banda tem influência de seus ídolos ou geração. Sim, isso acontece em muitas bandas de Rock e Metal, sempre vai ter aquela estória: ¨esse refrão lembra aquela música do Maiden, Helloween, Stratovarius¨, isso acontece em muitas bandas de Metal melódico, principalmente. Todas as bandas de Metal sempre acabarão tendo algum ¨Fear of The Dark¨, ¨Painkiller¨, ¨Eagle Fly Free¨ em seus repertórios. A maioria das bandas também tem ídolos e influências, difícil separar isso. Abraços
Difícil não separar influências, gosto musical e idolatria sobre determinada banda ou estilo!!!! Não considero cópia a música ¨Carry On¨ sob a música do Helloween!!!! A maioria das bandas de Power Metal tem essa tendência de ter alguma refrão marcante ou um Hino, fato!!!!! Valeu!!!!