A história por trás de Mama, I’m Coming Home, de Ozzy Osbourne
“Mama, I’m Coming Home” é uma balada poderosa que marcou a carreira de Ozzy Osbourne, presente no álbum No More Tears (1991). A faixa se destaca por sua carga emocional, intimista, e por mostrar um lado mais vulnerável do “Príncipe das Trevas”.
A canção surgiu de uma melodia que Ozzy carregava na cabeça por pelo menos dois anos, mas que só ganhou forma quando ele começou a trabalhar no álbum No More Tears com o guitarrista Zakk Wylde. As sessões de gravação foram marcadas por momentos descontraídos, mas também por profundidade — mexendo em questões pessoais do cantor.
Inicialmente, Ozzy compôs parte da música no piano, no apartamento de Zakk em North Hollywood. Porém, ele ainda precisava de letras que refletissem seus sentimentos mais íntimos. Foi aí que chamou Lemmy Kilmister, do Motörhead, para escrever algumas letras. Surpreendentemente, Lemmy escreveu várias letras em poucas horas, inclusive a de Mama, I’m Coming Home.
A “Mama” mencionada na música não se refere à mãe de Ozzy, mas à sua esposa e empresária, Sharon Osbourne — ao longo das turnês, ele costumava dizer ao telefone “Mama, I’m coming home” para ela. A canção fala sobre arrependimento, desejo de retorno ao lar, de reconectar-se com quem esteve presente durante os momentos mais difíceis.
Musicalmente, Mama, I’m Coming Home combina instrumentos como piano, violões acústicos (inclusive uma guitarra de 12 cordas), além da guitarra elétrica marcante de Zakk Wylde, que traz uma mistura de metal com influências do southern rock. Esta fusão ajuda a dar à balada seu tom emotivo e diferente, menos agressivo que algumas outras obras de Ozzy.
Quando lançado como single, o sucesso foi expressivo: Mama, I’m Coming Home foi o único solo de Ozzy a entrar no Top 40 da Billboard Hot 100, alcançando o nº 28. Nos shows, ela também se tornou um momento de grande impacto emocional.
Mais que uma música de rock, Mama, I’m Coming Home é uma confissão, uma promessa, um retorno — seja físico de uma turnê, seja emocional, depois de turbulências. Hoje, continua sendo uma das faixas que fãs de Ozzy guardam com mais carinho — por mostrar o cantor como homem, antes da lenda.
Grande clássico, valeu!!!!