A música de “Rebirth” que Andre Matos gostou

No início dos anos 2000, a cena nacional foi grandes momentos com os trabalhos do Shaman e Angra. O segundo, se reestruturava com uma nova formação e lançavam “Rebirth”.

Em participação ao Ibagenscast, Ricardo Confessori revelou que sua então nova banda fez uma audição do lançamento do Angra e Andre Matos gostou de uma música em específico do disco. Ele comenta conforme transcrito pelo Confere Rock:

“O André que veio com o Rebirth, um dia lá no ensaio, ele falou: ‘Ah, vocês têm que escutar isso aqui. Ele trouxe o disco para o Shaman, que ainda não tinha lançado o próprio disco, e falou: ‘Ó, isso aqui é o disco do Angra novo, né?’ ‘Aí, tipo, rolou uma audição lá, né? Roda aí e tal.’

Eu não lembro exatamente, mas lembro que a música Rebirth… Aí ele falou assim: ‘Essa música é boa mesmo, essa daí!’ E, aí, olhou e disse: ‘Olha só, cara, as outras músicas… Isso aqui… Aquela coisa que eu já não gosto, que eu cortava quando falava com o Rafael. Eu falava: ‘Não, Rafael, não vou fazer assim.’ Porque eles foram muitos anos como os dois únicos compositores do negócio, né? Devem ter tido vários desentendimentos em todas as músicas, né? Então era o lado dele, né, de… tipo, tava começando a trabalhar compondo com outro.”

O baterista então revelou a forma de Andre de trabalhar em composições:

“O Andre, ele falava assim: ‘Pelo menos com o Rafael era mais fácil compor, porque a gente falava a mesma língua.’ O Andre, ele era… velho, o Andre às vezes mandava umas coisas sem noção, entendeu? Ele era meio sem noção, mas aí a gente falava. Quando fez sucesso, as músicas, né? Aí ele meio que… vai…, porque o negócio lá já vem pronto, tal. Mas a verdade é que, no seguinte, os caras (Andre e Rafael) pensavam igual. Eles eram da mesma faculdade, estudaram juntos, então, tipo assim, um lia a mente do outro. O que que eu vou… Ah, o professor falou isso. A gente tá fazendo a evolução da composição. Quando vêm as minhas composições, as minhas composições são assim: minhas composições são diferentes. Elas não vêm prontas, elas vêm com um monte de coisa a mais, porque eu penso assim: ‘Se eu vou fazer um negócio, é melhor eu ter mais e sair cortando do que ter menos e ter que falar: ‘E agora? E agora? Alguém ajuda aí! Alguém tem uma parte pra me ajudar? É, e acaba essa música pra mim, pelo amor de Deus!’

Então, aí com o tempo, ele meio que… tipo, mas ele sempre preferiu trabalhar com o Rafael. Isso até o final da vida dele. Quando ele trabalhou com o Shaman, a gente via que o lance dele era trabalhar… Como é que eu vou dizer? O auge da vida dele, da composição, foi trabalhar ao lado do Rafael, né, cara.”