Amy Lee fala sobre as dificuldades de ser vista como “artista além do rosto bonito” no começo da carreira do Evanescence

Hoje o Evanescence é sem dúvidas uma das bandas mais bem sucedidas de sua era, e podemos dizer que Amy Lee alcançou um dos dois sonhos que ela tinha enquanto adolescente. “Ser Danny Elfman ou uma estrela do rock”. Bom, o segundo item parece ter sido alcançado, já que ela se tornou um dos grandes ícones dos anos 2000 da música pesada.

Amy é uma talentosa cantora, compositora e pianista. Mas nem sempre a viram dessa forma e a viram mais como um rostinho bonito a frente de caras que estariam fazendo, supostamente, o real trabalho, na versão mercadológica e dos engravatados de grandes gravadoras.

Foi sobre o desafio de mudar essa imagem que a cantora falou em entrevista à Metal Hammer, onde ela relata os desafios do começo do sucesso do Evanescence:

A luta pela credibilidade foi a mais frustrante no começo. Era a mentalidade das gravadoras dizer, especialmente aos artistas mais novos, que eles precisavam de escritores. Lutei por muito tempo depois do sucesso de Fallen para dizer que posso escrever minha própria música. Eu constantemente tive que lutar contra homens que diziam, ‘Não, você quer que eu faça isso? Você quer que esse cara faça isso? Você quer que meu amigo faça isso? E a razão pela qual eles queriam que eles fizessem isso era porque era onde estava o dinheiro. Era onde estava o poder. Todos os outros queriam poder dizer que fizeram isso quando eu fiz isso. Levou muito tempo para ser respeitada por ser uma criadora e não apenas a vocalista, o rostinho bonito na frente dos caras fazendo o trabalho real.”

Amy também foi questionada sobre se a diferença nas vendas entre “Fallen” e o disco seguinte, “The Open The Door” a impactaram de alguma forma:

Essa é uma pergunta difícil de responder. Procuro não focar muito no negócio. Claro, você sempre quer que seja o melhor. Claro, eu quero que seja sempre o número 1, mas não entro nisso por causa disso. Eu me concentro em fazer algo realmente bom que eu ame, que nossos fãs amem.”

A vocalista do Evanescence ainda falou sobre o espaço de tempo entre os discos da banda:

Essa pressão sempre foi colocada sobre mim de todos os ângulos, mas eu não atuo dessa forma. Se você não é autêntico, então você não é nada. Você coloca toda a sua energia para fazer algo o melhor que puder e fazer uma turnê – isso leva um ou dois anos. E então voltar imediatamente e começar a criar novamente, para mim pessoalmente, isso não funciona. Eu tenho que sentir as coisas e ter algo a dizer para que a música faça o que ela faz. Qualidade acima de quantidade.

O Evanescence se prepara desembarcar no Brasil em outubro em diversas datas em diferentes locais do país. Mais detalhes você confere aqui. Abaixo você tem uma playlist com o possível setlist dos shows. Siga nosso perfil no Spotify para mais playslists.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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