Andreas Kisser fala sobre reação da internet por ele tocar com Ivete Sangalo: “se eu não fizer porr@ nenhuma, me criticam”

“Eu não acredito, será? Eu achei a internet tão pacífica, mano. Ninguém critica ninguém, cara. Se eu ficasse parado em casa sem fazer porra nenhuma da minha vida, eu ia tomar crítica, velho.

Mas eu tenho que admitir que fiquei um pouco surpreso. Dentro do mundo do heavy metal ainda há pessoas que pensam de forma tão radical, que acham que não pode misturar. Se a Ivete faz um estilo de som e eu faço outro, a gente não tem o que falar, proibido conversar, proibido interagir. O respeito é mútuo, mano. A Ivete Sangalo é um fenômeno, né, cara? Ver ela trabalhar de perto é uma aula. A intensidade com que ela faz tudo na vida dela, tipo, ela sabe de todos os detalhes que estão acontecendo ali no show. E é um show gigantesco, com várias pessoas, músicos, dançarinos, telão e tudo mais.

É sensacional a presença dela em tudo. Meu ensaio com ela foi maravilhoso porque ela estava muito presente. Ela falou: “Ó, Andreas, você pega ali, faz ali o Sepultura no começo, ó, não sei o quê. Aí você entra na música, faz um solo, faz um solo tipo meio Michael Jackson, sabe? Meio ali, sabe? Montando a coisa junto comigo, sentindo o feedback.” E tudo isso é muito artístico, mano. Não é um plano mecânico que você tem lá, tipo, “Andreas, entra, dá dois passos para trás, não sei o quê.” É uma coisa muito espontânea, cara. A música, a gente fez ali juntos. E a Vai Buscar Dalila já tem uma característica muito metal, né? As próprias escalas meio orientais que o metal usa muito, né? E a guitarra já é distorcida na versão original. Fazer aquele som com ela no Maracanã, cara, que privilégio. Eu só tenho a agradecer, mano.”

O vídeo da entrevista pode ser visto aqui. Já a apresentação junto a Ivete, que contou com a introdução de “Refuse/Resist“, pode ser visto abaixo.