Andreas Kisser sobre a saída de Eloy Casagrande do Sepultura: “Ele está no lugar que queria”
Andreas Kisser voltou a falar sobre a saída de Eloy Casagrande do Sepultura, pouco antes do início da turnê de despedida da banda. Ele disse em conversa ao podcast Benja Me Mucho e com transcrição do Confere Rock:
“É lógico que eu fiquei puto, mano. A gente ficou dois, três anos organizando tudo e ele já estava dentro. Dois dias antes de anunciar que ia sair, a gente estava organizando sete listas. Você não tinha ideia de que algo assim estava rolando.”
Questionado se Eloy havia falado com eles antes do anúncio oficial, Kisser responde:
“Não, ele ligou para o empresário, não para mim. Disse: “Preciso falar com vocês”. Fomos eu, o Paulo e os dois empresários, Tom e Rodrigo. Três semanas antes do primeiro show, ele falou: “Pô, tô saindo, indo pro Slipknot”. Simples assim.”
Quando perguntado se de alguma forma se sentiu traído, Andreas disse:
“Não quero botar essas palavras, não quero que coloquem palavras na minha boca. Não é traição. No exato momento em que ele falou, eu já pensei no Grayson.”
Andreas Kisser pondera sobre a ida de Eloy para o Slipknot:
“Foi melhor para o Eloy também. Ele está no lugar que queria. O Slipknot tem tudo a ver com ele, sem dúvida, um dos melhores bateristas do mundo. Mas o Grayson também é um monstro. Mesmo depois de poucos meses no Sepultura, ele já concorria a melhor bateria de metal no Modern Drummer, junto com Eloy e outros.”
Por fim, Andreas responde sobre como é ser o baterista do Sepultura e se isso exige muito do músico. Ele responde:
“Com certeza. Precisa ser monstro, porque o Igor Cavaleira criou um estilo único, metálico, rápido, técnico, forte. A técnica é absurda. Quando vi o Igor pela primeira vez, falei: “Caramba, a bateria mudou!”. É muita exigência, tem que ter força e preparação.”
O Sepultura irá lançar um EP com quatro músicas inéditas, as primeiras com Grayson Nekrutman na bateria.