Architects – “The Classic Symptoms of a Broken Spirit” (2022)
Somente um ano após o lançamento do aclamado “For Those That Wish to Exist”, o Architects fechou 2022 com seu décimo trabalho, “The Classic Symptoms of a Broken Spirit” que dá continuidade ao que havia começado em 2021, mas pecando de certa forma em tentar se reproduzir.
A abertura com “Deep Fake”, traz lembranças aos que ouviram o registro antecessor, fazendo uma espécie de ligação entre os dois, com os elementos característicos e a banda bastante afiada. Na sequência, “Tear Gas” já traz o grupo flertando com o metal industrial, em uma faixa cadenciada, com marcação forte e um ótimo refrão. “Spit the Bone” traz algo próximo ao modernismo do Muse encontrando algo do Linkin Park, e apesar de ter sido uma faixa de degustação não muito fácil por aí, a levada empolga e mostra algo que pode ter uma boa recepção nos shows. “Burn Down my House” é a entrega em definitivo do Architects em um som mais moderno e sem as veias do metalcore tradicional que praticaram em outros momentos. A faixa é brande, tem uma levada tranquila, que não traz nenhum momento surpresa ou de real impacto. “Living is Killing Us” segue a vibe industrial e passa um pouco despercebida dentro de seus diversos elementos. “When We Were Young” é aquele tipo de música agitada, de refrão grande e que a banda tanto ama trabalhar. Com certeza uma das melhores por aqui, e que poderia estar figurando como trilha de algum jogo de corrida do Play Station. O disco segue com alguma certa maresia no decorrer e a emoção acontece novamente no final, com “Be Very Afraid“, em que a o grupo trabalha seu lado mais pesado e cria uma grande faixa, que talvez pudesse ter ditado o tom do disco todo.
Seguindo os passos de antes, talvez pela alta expectativa disso, o novo álbum do Architects carece de reais surpresas como foi o caso anterior. Algumas coisas soam recicladas, porém, sem a mesma força de impacto, o que pode ofuscar um pouco o brilho do lançamento. Ainda assim, para os que estão acompanhando o grupo e querendo saber qual caminho eles irão seguir no futuro, eis aí mais um bom momento, meio opaco, mas bom.