Bangers Open Air 2025, dia 2: Power Metal é destaque junto às bandas de gêneros diversos do Metal
O segundo dia da edição de 2025 do Bangers Open Air, no Memorial da América Latina, em São Paulo, aconteceu no último sábado (03) e apresentou ao público 22 bandas pelos palcos Hot, Ice, Sun e Waves. Sabaton, Powerwolf, Lacrimosa e Dream Spirit foram os headliners de cada palco, respectivamente.
Este dia, apesar de ter uma predominância de bandas de Power Metal, também trouxe grupos de gêneros do Metal e Rock diversos, a exemplo Hard Rock impactante do H.E.A.T., o Crossover Thrash caótico do Municipal Waste, a representação nacional do Matanza Ritual, o carisma dos membros do Dynazty, o divertido Folk Metal do Ensiferum, o Death Metal técnico e poderoso do Dark Angel, as lendas do Saxon e a dose de melancolia por parte do Lacrimosa.
Além das bandas citadas acima, a equipe do Confere Rock também cobriu os grandes nomes do Power Metal presentes: o resiliente Viper, as meninas destruidoras do Burning Witches, o show primoroso do Sonata Arctica, a primeira apresentação do Kamelot no final de semana, a miscelânea artística e sonora do Powerwolf e o encerramento de “guerras” do Sabaton.
Veja abaixo os textos sobre as bandas citadas!
Burning Witches incendeia Ice Stage com poderio sonoro de todas as integrantes
Texto: Tiago Silva
*O show a seguir não foi fotografado
A manhã de sábado foi mais quente que a de sexta-feira e, consequentemente, presenciar a banda feminina de Heavy Metal e Power Metal Burning Witches abrir o festival por um todo, no Ice Stage, pode se categorizar como uma ironia do destino, devido à temperatura no Memorial da América Latina, relacionada ao primeiro nome do grupo – mesmo que se saiba que o nome “Burning Witches” seja uma homenagem às Bruxas de Salem, mortas na Massachusetts colonial dos anos 1800, e às mulheres mortas nos séculos XV a XVIII, acusadas de bruxaria.
O certo é que as suiças Lala Frischknecht (bateria), Jeanine Grob (baixo), as holandesas Simone Van Straten (guitarra) e Laura Guldemond (vocal) e a estadunidense Courtney Cox (guitarra) fizeram um show avassalador no retorno ao Brasil após três anos de sua turnê de estreia por aqui. Dessa vez, Simone estava no lugar de Romana Kalkuhl, afastada temporariamente devido à maternidade. As dez faixas foram um repertório que passou por todos os álbuns de estúdio já lançados pela banda, entre 2017 e 2023.
“Unleash the Beast” começou como uma verdadeira pancada com elementos dos dois gêneros abordados pela banda e destaques para os pedais duplos de Lala e o vocal estridente da super carismática Laura, que provou isso nos discursos feitos durante o show e demais interações. Ela inclusive performou com uma máscara preta, que continha chifres e cobria a região de seu rosto, em “Dance With the Devil”, com o incremento de solos rápidos e técnicos de Courtney e Simone. Tudo em um palco cuja decoração contava com torres de castelos, relembrando períodos medievais.
Os muitos fãs da banda, presentes no Lounge e na pista desde cedo, foram agraciados com “Maiden of Steel”, tocada pela primeira vez desde 2019, seguida de um poderio dos pedais duplos de Lala e mais solos poderosos da dupla de guitarristas em “Nine Worlds”. A intensidade dos bumbos deixou a batida muito alta na vez de “Wings of Steel”, porém não atrapalhou a audição dos demais instrumentos.
Tanto o crescimento das interações de Laura e banda com os fãs, quanto a consolidação da conquista dos espectadores em geral, vieram a partir de “Hexenhammer”, faixa que contou com gritos de “Hey” mais intensos e um coro mais evidente no refrão, além de gritos em nome da banda ao final. Da mesma forma, a performance da banda e o potencial vocal da frontwoman foram mais explorados nas faixas “The Spell of the Skull” e “The Dark Tower”.
A reta final se deu com outras duas pedradas da banda: “Lucid Nightmare”, um Heavy Metal mais clássico e com muitas risadas intencionais de Laura, relembrando bruxas de fato; e “Burning Witches”, que sacramentou um encerramento poderoso tanto pelo anúncio da faixa, coordenado com o público, quanto da percepção clara do poderio técnico de todas as integrantes em seus postos. De fato, um show para começar o dia 2 com tudo!
H.E.A.T supera o calor e mal estar e entrega show energético com hard rock modernoso
Texto: Marcio Machado Fotos: André Tedim
Em pleno sol fazendo cosplay de torradeira, e com alguns minutinhos de atraso, o vislumbre de Don Crash subindo a bateria, era o anúncio de que o H.E.A.T estava finalmente pronto para subir ao palco. Atrás dele logo vieram, Dave Dalone (guitarra), Jimmy Jay (baixo) e Jona Tee (teclados). Por fim, a peça que faltava, Kenny Leckremo, o vocalista que parece ligado no 220 e sua madeixas finas e reluzentes.
A banda abre com ‘Distaster’, do recém lançado ‘Welcome to the Future‘ . Ótima faixa, explosiva do começo ao fim e uma plateia um tanto fiel já joga a energia lá em cima vibrando com cada acorde. O refrão da faixa acerta em cheio parecendo trilha de um blockbuster dos anos 80. “Emergecy”, do disco “Tearing Down the Walls“, quando Erik Grönwall ainda era vocalista da banda vem na sequência. Ótimo riffs, ótimo solo e Leckremo parecendo ter vindo diretamente dos anos 80 e caído naquele palco. “Dangerous Ground” fecha a trinca da abertura e com Kenny mandando agudos bem na beirinha do palco para o delírio daqueles que estavam no front row. Nesse momento, era visível que o calor começava a incomodar a banda, com o rosto de Leckermo, trajado com uma calça de couro e uma jaqueta, já bastante vermelho, e os movimentos de Dave mais lentos.
“Hollywood” é animada, dona de mais um grande refrão, um ótimo solo de guitarra, mas onde está nosso homem das seis cordas? Nesse momento, Dalone se sentava ao fundo do palco, no que parece ter sido uma queda de pressão, terminando a música assim, mas não deixando uma única nota de lugar tanto nos riffs como no solo. Ao fim da faixa, ele se retira do palco. “Rise” vem na sequência, encorpada, riffs “duros”, linhas melódicas incríveis, mas tudo tocado sem o guitarrista no palco, que estava na lateral do palco e por ali ele permaneceu por algumas faixas, mas em momento algum isso foi algum empecilho para que a banda entregasse nada menos do que um dos melhores shows desta edição. “Beg Beg Beg” traz um Leckermo já mais leve sem a sua jaqueta, mas ainda também parecendo incomodado com o calor, mas não o impedindo de abusar dos agudos e de sua “correria” pelo palco.
Um vídeo com o logotipo da banda é apresentado no telão ao fundo, e quando Kenny aparece ele jura ter sido “a primeira vez que ele viu a apresentação”, e a parece ter aprovado. Esse foi o anúncio para a chegada dos teclados de “Back to the Rythym“, que marcou o retorno de Kenny a banda, quando Erik foi se juntar ao Skid Row. A música que já é dona de uma potência incrível no disco, ao vivo consegue ser ainda mais potencializada, com seus versos pré refrão ser cantada por uma plateia berrante, e ainda mais no seu refrão, tornando um dos momentos mais marcantes do show com direito a fã clube levantando bandeira e vibrando a cada nota!
Caminhando para o final do show, “Bad Time For Love” é uma baladona encorpada, que serve de respiro depois de tanta paulada que rolou nesses minutos de show. “1000 Miles” vem em seguida e tem uma levada muito boa, uma veia hard rock incrível, e melodias que são pra lá de cativantes e consegue chegar até mesmo naqueles que não são fãs da banda. Quem fecha é a dobradinha “One by One” e ‘Living on the Run” . Ambas donas de riffs cadenciados, vocais agudos e uma energia que carimba o H.E.A.T como uma das melhores homenagens ao hard rock oitentista, que resgata aquela força e energia de bandas vigorosas, mas consegue fazer isso como uma brincadeira e presença, longe de ser só algo como saudosismo, mas com sua própria vitalidade. Pela segunda vez no festival, caso queiram retornar na terceira, pois estejam a vontade!
Municipal Waste traz o caos e coloca até Jesus no mosh
Texto: Marcio Machado Fotos: André Tedim
Ânimos aquecidos, é hora do pau fechar! Então o Municipal Waste com seu hardcore/crossover entra em ação. Tony Foresta (vocal), Ryan Waste (guitarra), Philip “Land Phil” Hall (baixo), Dave Witte (bateria) e Nick “Nikropolis” Poulos (guitarra), sobem ao palco e o vocalista já pede “circle pits” no começo “Garbage Stomp“, e a plateia não decepciona, causando o caos que gostamos e não havia acontecido ainda. “Sadistic Magician” vem em seguida e o seu caos deixa a plateia ensandecida e a partir daí o caos reina, que até Jesus duvida.
Dito isto, quem mais do que o próprio surge no meio do mosh.
Ver esta publicação no Instagram






Dynazty esbanja carisma, faz a alegria dos fãs e traz repertório mais recente para o Sun Stage
Texto: Tiago Silva Fotos: André Tedim
Outra banda estreante em solo brasileiro conseguiu impactar o público do festival, no Sun Stage, com um combo preciso de musicalidade, carisma e de interações com o público. E os segundo e terceiro “itens” presentes na banda sueca de Heavy Metal, Power Metal e Hard Rock Dynazty tinham como fonte ninguém mais, ninguém menos que Nils Molin, vocalista que integrou à banda em 2008 e que também faz parte da banda Amaranthe desde 2017.
Nils, junto com George Egg (bateria), Rob Love Magnusson (guitarra e backing vocal), Mike Lavér (guitarra) e Jonathan Olsson (baixo e backing vocal), fizeram uma apresentação primorosa que fizeram a máxima alegria dos que estavam presentes numa pista que conseguiu lotar muito bem após o show do H.E.A.T. e mesmo com o Municipal Waste tocando no mesmo horário, no Ice Stage.
Pouco antes do início do show, já havia muitos fãs da banda concentrados e ansiosos na parte frontal, a destacar um que de acordo com o que falava em meio a uma gravação de vídeo, veio da Bahia só com a passagem de ida, especialmente para ver o Dynazty – ele foi super acolhido pelas pessoas em volta.
Os integrantes da banda sueca entraram sob a introdução de “Ameno”, do grupo Era. Sob uma fumaça exacerbada no palco, após a entrada, eles começaram o setlist de 10 faixas, focadas nos álbuns de 2016 para frente, com “In the Arms of a Devil” e “Game of Faces”, faixas com ótimas execuções vocais de Nils e ótimos solos de guitarra da dupla Rob-Mike. Em seguida, sob as primeiras demonstrações de agradecimento do vocalista, “Natural Born Killer”, levou o público a um estado eufórico, convertendo as emoções em cantos constantes e pulos nas partes mais agitadas e refrões.
“The Grey” foi uma das músicas com performance mais interessante e cenas inusitadas: no palco, Jonathan chamou a música e o público por meio das palmas ritmadas, enquanto a dupla de guitarristas, de forma coordenada, tomaram uma breja com uma mão, enquanto usavam a outra para continuar o instrumental pelo braço dos instrumentos. Na pista, uma pessoa vestida de Pennywise assustava os mais atentos ao show. Ainda sobrou tempo para Nils coordenar líricos com o público e terminar a faixa com um longo “Never Let Me Go”.
A banda prosseguiu com outras ótimas faixas, como “Waterfall”, a versão original de “Yours” e a muito bem performada e cantada “Call of the Night”, com altos refrões dos mais fanáticos pelo Dynazty. George Egg ainda teve um momento para chamar de seu, quando fez um ótimo solo de bateria no palco.
Nem Nils aguentou o calor da tarde de sábado e retirou seu casaco para a reta final do show, que contou com mais três sucessos do grupo sueco que levaram o público aos últimos delírios do show: “Presence of Mind”, com outro refrão bem cantado por todos e mais agudos do frontman; “The Human Paradox”, munido de uma poderosa sonoridade e ótimo solo duplo dos guitarristas, além de momentos em que foi inevitável fazer o headbanging; e “Heartless Madness”, que talvez tenha sido a mais comemorada das faixas do setlist e a que Nils e banda mais interagiram com o público, devido às suas declarações ao Brasil e os coros treinados. Porém, foram justamente esses coros que, mesmo que acompanhados, deram o indício de que o show terminaria mais cedo sem ele, algo que poderia ser mais reduzido para dar espaço para mais uma música. De todo modo, os fãs do Dynazty ignoraram esse detalhe e viveram cada minuto da apresentação de estreia da banda no Brasil como um grande momento da vida.
Sonata Arctica faz um dos melhores shows do Bangeers Open Air com foco em sucessos e coros entoados do público
Texto: Tiago Silva Fotos: André Tedim
O Sonata Arctica, grupo finlandês de Power Metal e que passou por fases e nuances de Metal Sinfônico e Metal Progressivo ao longo da carreira, retornou ao Brasil após um ano e dois meses de sua aclamada turnê por sete cidades do Brasil em março de 2023. Fato é que, com o retorno à capital paulista e às raízes Power Metal em seu último lançamento, o álbum “Clear Cold Beyond” (2024), os fãs mataram uma saudade dupla no Hot Stage e foram agraciados com um bom setlist de dez músicas no meio da tarde daquele sábado que, do repertório geral e mesmo sem ter a faixa “Talullah”, focou em cinco dos 11 álbuns já lançados: “Ecliptica” (1999), Silence (2001), “Reckoning Night” (2004), “Stones Grow Her Name” (2012) e o mais recente e já citado, lançado no ano passado.
Tommy Portimo (bateria), Henrik Klingenberg (teclado e backing vocal), Pasi Kauppinen (baixo) e Elias Viljanen (guitarra) entraram durante a introdução, com “One Day”, de Hans Zimmer, música feita para o filme “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”. O lendário vocalista Tony Kakko foi o último a entrar, já durante a primeira faixa do setlist, “First In Line”, com complexidade nos pedais duplos do baterista e no par de solos do guitarrista e do tecladista do Sonata. “Dark Empath” formou a dobradinha do novo álbum da banda e, também, o encerramento das faixas deste trabalho para o show em questão.
Para “começar os trabalhos” dos sucessos do Sonata Arctica, Tony fez questão de puxar, a capella, o refrão de “I Have a Right”, faixa tocante principalmente pelo conteúdo de defesa aos direitos humanos e ao direito de liberdade. Fãs da banda foram os mais entoados em todos os coros possíveis para este refrão e para a reta final da faixa, assim como o frontman, em alguns momentos, tocou de costas para o público, mas apontando para a logo da banda, que estava no telão central.
O direcionamento do setlist às faixas “old school”, como enfatizou Tony ao final, veio com “San Sebastian”, também puxada aos coros do público e com muita técnica por parte de todos os instrumentistas da banda. O mais inusitado veio após esta quarta faixa, quando o protocolo da apresentação foi totalmente quebrado para que a banda fizesse o que, geralmente, a maioria das outras faz no final do show: tirar uma foto com o público. Em seguida, os integrantes do Sonata voltaram aos seus postos, menos Kakko e Elias, que se sentaram na plataforma da bateria de Tommy para, dali e junto com Henrik, iniciarem “Replica”, um dos maiores sucessos da banda e cujo público, eufórico, não parou de cantar em momento algum, admirando também o poderio da parte mais agitada da faixa que contou com mais solos do guitarrista e do tecladista do Sonata.
Mais coros e a técnica instrumental vieram em “My Land”, porém outro momento tão bonito quanto na quinta faixa veio com “Full Moon”, com fãs incentivados pelo vocalista a cantarem a plenos pulmões. Depois, Wolf & Raven veio como uma verdadeira “pancadaria” de Power Metal, liderados pela velocidade dos pedais duplos de Tommy Portimo e sua camisa verde e amarela do Kiss, junto com toda a técnica de Elias e Henrik ao longo da música. “Reckoning Night” também trouxe outras nuances vocais de Tony, como os guturais para anunciar a faixa e as risadas performáticas no meio da faixa, que foi finalizada com mais solos de guitarra e teclado.
O gran finale do show foi a tradicional “Vodka”, que encerra os shows do Sonata Arctica e que levam o público a cantar junto com a banda, cada vez mais rápido. Não foi diferente no Hot Stage, devido ao show de grito e palmas no ritmo da faixa que tornaram aquela finalização mais especial para todos e que coroou o que possivelmente foi um dos melhores shows dessa edição do Bangers Open Air.
Kamelot traz power metal de visual e para fãs
Texto: Marcio Machado Fotos: André Tedim
Era hora de voltar ao power metal, e dessa vez um grande nome sobe ao palco. O Kamelot faz a primeiras, das duas apresentações que faria no festival. Neste primeiro dia a banda promete trazer seus grandes clássicos, e abrem com “Veil of Elysium“, do último disco lançado “The Awakening“, de 2023, e que contou com a participação de Melissa Bony. Tommy Karevik, atual vocalista da banda, parece já ter caído nas graças do público brasileiro. A banda segue com “Rule the World” e “Insomnia”, essa última, ágil, com riffs rápidos e um ótimo groove e que funciona muito bem ao vivo. Vale aqui a citação para a ótima performance de palco do baixista Sean Tibbetts, que pula, gira e bate cabeça a todo momento durante as músicas, sem colocar nenhuma nota fora do lugar durante toda a apresentação.
“New Babylon” traz um momento dramático e grandioso ao palco. Com sacerdotisas vestidas em vermelho e com gestos curtos ao fundo do palco, a música é ovacionada e cria um momento profundo no palco e de grande impacto tanto visual como sonoro, com seus coros no refrão e tudo que é vislumbrado no palco. A dobradinha de Tommy e Melissa funciona muito bem aqui. “Karma” é uma das melhores recebidas e tem seu refrão veloz acompanhado pelo público.
É hora do baterista Alex Landenburg ter seu momento de glória, onde ele faz seu solo, com direito a tocar um trecho de “Tom Sawyer” do Rush, na sua bateria com bumbos decorados com a bandeira do Brasil. Ao final, os primeiros acordes da próxima faixa arranca gritos e aplausos dos presentes ali para ver o Kamelot! “March of Mephisto“, o grande clássico do clássico disco “The Black Halo” vem aí. E a música funciona que é uma beleza ao vivo, com seu peso redobrado e mais uma vez, Melissa se junta a Tommy, dessa vez fazendo os guturais que originalmente foram gravados por Shagrath do Dimmu Borgir, além de ajudar em diversos momentos de dobras vocais limpas. Bela dinâmica e bela apresentação de um grande hino da banda.
Hora de outro solo, dessa vez do tecladista Oliver Palotai e um momento marcante fica registrado antes do fim. Tommy sobe ao palco com a bandeira do Brasil para a execução de “One More Flag in the Ground“, com seus riffs de Thomas Youngblood soando um tanto pesados. A apresentação finaliza com “Liar Liar (Wasteland Monarchy)” recebendo aplausos de uma plateia fã da banda e que vibrou com cada segundo do show, onde o Kamelot presentou os presentes com um power metal gigante e de impacto.
Ensiferum supera desfalque, traz nuances de mesclas musicais e faz um dos shows mais divertidos do Bangers Open Air
Texto: Tiago Silva
Se o Sonata Arctica entra, ao meu ver, no rol dos melhores shows desta edição do Bangers Open Air, também afirmo que os elementos da banda de Folk Metal, Viking Metal e Death Metal Melódico Ensiferum, junto da verdadeira festa dos fãs no Sun Stage, tornaram este um dos shows mais divertidos dos três dias, na volta da banda finlandesa a São Paulo depois de quase três anos. Isso porque a banda conseguiu promover os moshes e remadas do público ao longo do show, além de poderosos coros e, junto a isso, dando espaço para pequenos trechos de Disco Music e Blues tocados pelo baixista Sami Hinkka.
A banda realizou uma apresentação muito boa, mesmo com o desfalque de Markus Toivonen, guitarrista que sofreu um acidente grave, causando a fratura de seu tornozelo esquerdo e levando a uma cirurgia para inclusão de pinos de metal na região. Logo, o Ensiferum se apresentou como um quarteto no Bangers, com Sami Hinkka (baixo e vocal), Petri Lindroos (vocal sujo e guitarra), Pekka Montin (teclado e vocal limpo) e Janne Parviainen (bateria).
O grupo teve um setlist de nove faixas e começou com “Fatherland”, num raro momento do festival em que um kit de bateria não teve os pedais estourados na caixa. Além disso, foi possível entender a dinâmica de movimentação dos integrantes, onde Sami e Petri trocavam de lado e Janne, quando cantava, saía do posto de seu teclado para ficar mais ao centro. Aclamações sinceras do público vieram ao final.
Moshes surgiram no centro e no lado direito da pista, em “Twilight Tavern”, aumentando aos poucos e contando com um coro constante do público. Depois, tudo se converteu a pulos em massa para “Andromeda”, com o bate-cabeça retornando no final desta faixa e se intensificando com tudo, junto aos coros de refrão, na música seguinte, “Winter Storm Vigilantes”, onde em alguns momentos, alguns fãs mais animados até fizeram pose de luta, como se realmente fossem promover aquilo na roda.
O momento mais inusitado se deu em “Lai Lai Hei”, quando várias pessoas entraram na roda e sentaram em filas e, motivados pelos gritos gravados em nome da faixa, começaram a remar como se fossem vikings. Ao longo desta música, as rodas ainda se converteram em mosh e em um wall of death, todos em meio aos cantos da faixa. A situação ficou um pouco menos agitada durante “Run From the Crushing Tide”.
Sami Hinkka mostrou um pouco de suas influências musicais ao começar a tocar trechos de Blues e, depois, o começo de “The Number of the Beast”, do Iron Maiden, para delírio de parte da galera. Foi uma introdução leve para a performance apoteótica tanto da banda, quanto dos fãs, em “In My Sword I Trust”, cuja roda mais à direita virou o novo foco, com migrações de pessoas que estavam no meio. O melhor de tudo foi o engajamento do público nos refrões, com a maioria cantando a plenos pulmões e em meio a um instrumental impecável da banda.
“Two of Spades” e “Victorious” foram as últimas faixas do show, com a primeira citada em destaque devido a um momento em que Sami puxou uma sonoridade mais Dance Music em seu baixo, fazendo até mesmo poses de danças dos anos 70. Já a última contou com os últimos bate-cabeças do público no show, finalizando um dos ambientes mais divertidos de se presenciar ao longo do festival.
Saxon mostra a potência do heavy metal de anos de estrada
Texto: Marcio Machado – Fotos: André Tedim
Com o fim da tarde se aproximando, o Saxon é quem sobe ao palco e traz consigo toda a sua bagagem e história ao longo de tantas décadas de estrada e de uma história grandiosa dentro do heavy metal mundial.
Foi a primeira vez no dia que o front row realmente ficou abarrotado de pessoas, com fileiras e fileiras de pessoas se espremendo para ver os veteranos, e eles entram no palco com “Hell, Fire and Damnation“, que dá nome ao último disco lançado pela banda em 2024. A música tem grandes riffs e um refrão gradão muito bem executado ao vivo e a Biff Byford está em um grande momento de sua voz. “Power and the Glory” vem na sequência e arranca aplausos da plateia. Os riffs de “Motorcycle Man” vem em seguida e é a homenagem da banda aos motociclistas que seguem o grupo e com um telão projetando imagens a caráter.
O show segue sem muita interação, com a banda querendo meter riffs e assim o faz com “Madame Guillotine“, dona de uma linha de baixo presente pelas mãos do baixista Nibbs Carter. Nigel Glockler dá um show a parte com as pancadas na bateria, e tirando um som extremamente pesado do instrumento. E ainda que não incomodando como em outros casos, próximo ao palco, o som estava realmente alto tornado as coisas um pouco mais confusas.
As dobras de guitarra de Doug Scarratt e Brian Tatler são incríveis e funcionam em perfeita sincronia. “Heavy Metal Thunder” é a próxima e Biff troca seu casaco estilo militar pelo colete cheio de patchs e ele exaltando seus companheiros das cordas. “747 (Strangers in the Night)” vem precedida de um “vocês estão prontos?” e a plateia responde com um uníssono “SIM!”. “Wheels of Steel” e seus riffs dinâmicos vai abrindo espaço para o fim do show, mas não sei antes levantar um coro em seu marcante refrão e um belo acompanhamento de palmas antes do solo com Biff registrando o momento com seu celular. “Crusader” cadenciada e com a veia tradicional do heavy metal é quem leva a rápida “Princess of the Night” que encerra um momento glorioso e de grande nível no Bangers Open Air. E ainda tinha mais por vir.
Powerwolf enfileira sucessos, faz apresentação teatral primorosa e encanta legiões de fãs no encerramento do Ice Stage
Os alemães do Powerwolf conseguiram entregar, no encerramento do Ice Stage do segundo dia do Bangers Open Air, no último dia 03 de abril, uma apresentação que mesclou o melhor de diversos elementos artísticos: a música, com seu Power Metal que foge um pouco do tradicional; as artes visuais, com um cenário de igrejas destacado pelas janelas em formato de abóbadas, pelas várias representações de lobos no telão, conforme cada tema de cada música, e pelas vestimentas e maquiagens absurdas dos membros da banda; e as artes cênicas, com atuações durante e depois das faixas, lideradas por Attila Dorn (vocal) e pelo irreverente e divertido Falk Maria Schlegel (teclados).
Junto a eles, Roel van Helden (bateria), Charles Greywolf (guitarra) e Markus Pohl, guitarrista que substituiu Matthew Greywolf devido a uma incompatibilidade de agenda, fizeram a alegria de um público devoto e sedento pela banda após cinco anos desde a última vinda do grupo ao Brasil, sendo a apresentação de São Paulo feita, na época, no já extinto Tropical Butantã. Para o show do Bangers, as 15 faixas escolhidas foram bem aproveitadas naquela noite, sendo grande parte delas dentro do repertório dos anos 2010 e 20.
Quem assistiu e se animou com o Saxon, que se apresentou anteriormente, pouco tempo teve para respirar antes do Powerwolf, que já criava mais expectativas com os últimos testes de palco e com a subida do logo, lentamente, no telão do palco. Nesse meio tempo, gritos em nome da banda e até mesmo uivos foram ecoados nas pistas.
O grupo deu início à apresentação pontualmente, com Falk, Attila, e Roel entrando no palco pelo topo, simulando a saída de um portal aberto no centro do telão. Charles e Markus entraram pelas laterais para iniciar “Bless ’em “With the Blade”, para a alegria de um público que não parava de cantar junto a Attila. Após esta faixa, o vocalista e o tecladista do Powerwolf fizeram a primeira encenação da noite ao compartilharem um incenso que receberam de um “servo” da banda, dando pretexto para um discurso do frontman, que também abençoou seus devotos antes de iniciar “Incense & Iron”. A sonoridade da banda e a euforia do público levaram a pulos coordenados em diversas partes da faixa.
“Army of the Night” veio como uma faixa de sonoridade mais dançante que manteve o coro do público mesmo com as guitarras baixas em alguns momentos, como no solo. Falk deu mais um show de carisma, encenação e interação com o público ao coordenar um alto grito da galera durante um pulo alto que deu de sua plataforma para a base do palco. Tal animação coletiva cresceu com “Sinners of the Seven Seas”, onde o público não só gritou, como foi novamente liderado pelo tecladista da banda em alguns momentos de hey, tudo em meio a ótimas linhas de pedal duplo por parte de Roel.
Em “Amen & Attack”, quinta faixa do show, houve um ensaio feito por Attila em que ele falou a primeira palavra e o público completou. Punhos para o alto e palmas foram predominantes no começo da faixa em questão, assim como as luzes vermelhas, em uma música pautada no fervor religioso e muito inspirada em trechos em latim presentes no cristianismo. Falk, um show à parte, ainda pegou a bandeira para balançar para uma legião de fãs, que o ovacionaram.
Roel van Helden, ao final da faixa anterior, teve que pedir um tempo a mais para Attila e banda, pois teve que trocar a pele de uma de suas caixas de bateria. Isso não foi problema para o vocalista e para Falk que, novamente, fizeram uma atuação já prevista, mas um pouco mais extensa, dançando separadamente e, depois, uma valsa juntos no palco. Foi o prelúdio perfeito para “Dancing With the Dead”, em outra performance incrível da banda por um todo dentro da faixa.
Os pólos inverteram quando o público deu um show de coros em “Armata Strigoi”, que gerou mais pedidos de hey por parte do tecladista do Powerwolf e, ao final, sinais de positivo vindos dos guitarristas. O “retruco” da banda se deu na faixa seguinte, “Sainted by the Storm”, com ótima performance de todos os membros da banda. Já os “heys” coordenados por Attila e Falk foram o destaque dentro de “Heretic Hunters”.
“Fire and Forgive” começou após uma introdução impactante que desaguou num início e numa condução absurdas por parte do baterista do Powerwolf, que trouxe os pedais duplos à máxima velocidade na faixa, em meio aos ótimos riffs de guitarra. Falk Maria, mais solto na faixa, chegou a “atazanar” o baterista ao brincar com um dos pratos de seu kit e, depois, a conduzir a coreografia que Charles e Markus fizeram no topo do palco.
Antes de “Werewolves of Armenia”, Attila ainda puxou o público para repetir os gritos de Hu, ha, hu, ha” com ele, até que ele inverteu para “Há, hu” e confundiu a todos nessa brincadeira. A introdução com sonoridade de uma missa logo passou para um belo instrumental e um telão com um lobo cuja faixa envolta em seu corpo tinha os escritos “Metal Is My Religion”. Ao todo, uma performance instrumental e cênica impecável que, na sequência, puxou para “Demons Are a Girl’s Best Friend”, em outro coro ensinado e ensaiado por Attila e bem executado pelo público nos refrões.
Falk volta a ser destaque ao ser usado de exemplo para como pular, momentos antes de “Blood for Blood (Faoladh)”, faixa bem executada pela banda e cuja dinâmica foi bem acatada por todos. Depois, a introdução impactante de “Agnus Dei” precedeu a ótima sintonia de fãs e banda para “Sanctified With Dynamite”, principalmente nos refrões e nos gritos de hey feitos durante um dos solos de guitarra. Falk, que chamou os últimos gritos citados, ainda os acelerou na parte final, como ótima forma de encerrar a faixa.Por uma última vez, Attila discursou e chamou a galera para as últimas dinâmicas de palmas. Era a vez de “We Drink Your Blood”, para encerrar o show com chave de ouro e ser muito cantada do Lounge à pista.
O vocalista do Powerwolf ainda prometeu que a banda voltará em breve, já durante o encerramento gravado de “Wolves Against the World”. Foi o anúncio perfeito para reforçar com o público que, muito provavelmente, a espera pelo próximo show da banda alemã será menor e que, claro, a energia, a performance e o cenário voltarão a encantar o público brasileiro.
Lacrimosa homenageia fã clube, recebe homenagens e faz show melancólico e elegante no Sun Stage
Texto: Tiago Silva
Coube ao Lacrimosa, banda originalmente suíça, mas com membros de vários países da Europa, dividir o encerramento do segundo dia do Bangers Open Air junto ao Sabaton que, apesar de ter iniciado 15 minutos antes no Hot Stage, terminaria no mesmo horário que o grupo que encerrou o Sun Stage.
E apesar de o Lacrimosa ser uma banda de Gothic Metal e Heavy Metal com pé fundo nos temas melancólicos, a alegria pairou sobre os fãs que, no Bangers, viram o retorno do grupo ao Brasil após seis anos de seu último show na capital paulista, no Fabrique Club. Parte deles, que compõem o fã clube Lacrimaniacos Brasil, chegou a homenagear a banda e receber homenagens em forma de música, durante a apresentação.
Cinco minutos de atraso não foram nada para um público consciente do que viria. Julien Schmidt (bateria), Jens “Yenz Leonhardt” Arnsted (baixo), Jan-Peter “Jay P.” Genkel (guitarra) e Anne Nurmi (teclado, vocal) subiram ao palco ovacionada em meio ao “Lacrimosa Theme” e partindo para o início de “Schakal”. Tito Wolff (vocal, piano), sob a classe de seu terno em uma noite já propícia para roupas mais elegantes – assim como as dos demais membros -, foi o último a entrar, já cantando e gesticulando como se regesse uma orquestra, assim como Julien tocava e fazia acrobacias com as baquetas, algo constante durante o show.
Ovacionadas e expressando felicidades em voltar ao Brasil, a banda seguiu o show com “Ich bin der brennende Komet”, em performance interessante dos integrantes, e “Celebrate the Darkness”, no que talvez tenha sido o ápice melancólico da apresentação com a ida de Anne ao centro do palco e um clima obscuro no palco.
“Liebe über Leben” teve Tito na guitarra base e bexigas voando pela pista. Essa ação foi justamente uma das homenagens fritas pelos Lacrimaniacos à banda que, após a boa execução dos membros, gerou agradecimentos de Tito. Em seguida, “Avalon” foi iniciada pelo trompete de Tito, para a alegria dos fãs. Assim como na anterior, o vocalista dividiu trechos com Anne.
Para seguir com o misto melancólico, porém eufórico, e após os agradecimentos de Tito ao fã clube da banda – principalmente para Karina -, o Lacrimosa seguiu com “Kelch der Liebe”, outra música comemora e destacada pelos drives mais roucos do vocalista e o coro fervoroso dos mais fãs. Depois, “Stolzes Hers” prosseguiu e gerou a segunda homenagem dos fãs, as bexigas em formato de coração, assim como Tito balancou a bandeira hasteada no kit de bateria.
Para a reta final do show, os membros do Lacrimosa tocaram “Dark Is The Night”, com uma dinâmica mais solta de Tito (novamente com trompete) e Anne no palco; a comemorada e bem cantada “Lichtgestalt” e “Copycat”, uma das mais agitadas da noite.
Ao todo, o saldo foi positivo, em meio às mensagens melancólicas da banda. Isso porque a saudade de ver o Lacrimosa foi sanada, assim como os laços de Tito Wolff e banda com seu público, com certeza, subiram de nível após a finalização do segundo doando Bangers Open Air.
De soldados e fogos de artíficio a guitarra da Hello Kitty! A passagem do Sabaton pelo Bangers Open Air
Texto: Marcio Machado – Fotos: André Tedim
Em um longo sábado de muito metal em diversas vertentes, o dia no Bangers Open Air se encerrava com a chegada dos soldados do Sabaton.
Quarta passagem da banda pelo Brasil, o grupo sobe ao palco com o vocalista Joakim Brodén em seus trajes militares, fazendo uma verdadeira maratona com agachamentos, corrida e uma verdade aeróbica em palco. O set abre com “Ghost Division”, do disco de 2008, “The Art of War“.
A plateia faz coro no refrão e acompanha a banda em cada segundo do início do show, com uma faixa carregada pelos teclados dramáticos e direitos a fogos de artíficios sendo disparados do palco. Na sequência, uma das músicas que se torno uma das mais queridas da banda, “The Last Stand“, que teve um trecho seu viralizado em vídeos do TikTok, é executada com um tom abaixo do seu original, o que parece descaracterizar um pouco o som do registro, mas ainda assim arranca palmas e coros da plateia que segue atenta a história contada no palco. Em seguida, é hora de Joakim fala um pouco com o público e de como é bom estar de volta, nesse momento ele é interrompido por gritos de “Sabaton, Sabaton“, dos espectadores, e logo o vocalista anuncia “The Red Baron“, com tempo do guitarrista ir brincar com o guitarrista de “tocar sua guitarra” por alguns segundos.
E para ler a cobertura completa do show do Sabaton, clique neste link.
Confirma os setlists abaixo:
Burning Witches
Unleash the Beast
Dance With the Devil
Maiden of Steel (pela primeira vez desde 2019)
Nine Worlds
Wings of Steel
Hexenhammer
The Spell of Skull
The Dark Tower
Lucid Nightmare
Burning Witches
Viper
Timeless
Prelude to Oblivion
A Cry From the Edge
Coming From the Inside
Dance of Madness
Wasted / The Shelter
Dead Light
Rebel Maniac (dedicado a Pit Passarel)
Evolution
The Spreading Soul (dedicado a Andre Matos)
Under the Sun
Living for the Night
H.E.A.T.
Intro 1: The Heat Is On (som de Glenn Frey)
Intro 2: Welcome to the Future
Disaster
Emergency
Dangerous Ground
Hollywood
Rise
Beg Beg Beg
Intro: Force Majeure
Back to the Rhythm
Bad Time for Love
1000 Miles
One by One
Living on The Run
Outro: Sister Christian
Municipal Waste
Garbage Stomp
Sadistic Magician
Slime and Punishment
Breathe Grease
Grave Dive
You’re Cut Off
The Thrashin’ on the Christ
Poison the Preacher
Wave of Death
High Speed Steel
Restless and Wicked
Crank the Heat
Mind Eraser
Under the Waste Command
Beer Pressure
Thrashing’s My Business… And Business Is Good
I Want to Kill the President
Wrong Answer
The Art of Partying
Demoralized
Born to Party
Dynazty
In the Arms of a Devil
Game of Faces
Natural Born Killer
The Grey
Waterfall
Yours
Call the Night
Solo de bateria
Presence of Mind
The Human Paradox
Heartless Madness
Sonata Arctica
Intro: One Day (música de Hans Zimmer para “Piratas no Caribe; no Fim do Mundo)
First in Line
Dark Empath
I Have a Right
San Sebastian
Replica
My Land
FullMoon
Wolf & Raven
Don’t Say a Word
Vodka
Matanza Ritual
Meio Psicopata
Remédios Demais
A Arte do Insulto
Bom é quando Faz Mal
O Chamado do Bar
Eu Não Gosto de Ninguém
Tudo errado
Assim vamos todos morrer
Clube dos Canalhas
O último Bar
Pé Na porta, soco na cara
Tempo Ruim
Lei do Mínimo Esforço
Nascido num dia de azar
Interceptor V-6
Todo ódio da vingança de Jack Buffalo Head
Ela Roubou meu Caminhão
Kamelot (show 1)
Veil of Elysium
Rule the World
Insomnia
When the Lights are Down
New Babylon
Karma
Solo de bateria
March of Mephisto
Solo de teclado
Forever
One More Flag in the Ground
Liar Liar (Wasteland Monarchy)