Benediction: há 31 anos, banda lançava o álbum “Transcend the Rubicon”

Há 31 anos, em 10 de agosto de 1993, o Benediction lançava “Transcend the Rubicon“, o terceiro álbum e muito provavelmente o grande clássico deste quinteto de Birmingham, mesma cidade de uns certos Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward. Esse é o tema do nosso bate-papo deste sábado.

Exatamente um ano após o lançamento do seu antecessor, “The Grand Leveller”, outubro de 1992, a banda entrou no “Rhythm Studios” para a gravação deste clássico. Produzido por Paul Johnson com a própria banda atuando na co-produção, a exemplo do disco anterior.

O álbum marca a entrada do baixista Frank Healy em lugar de Paul Adams e tambpém é o último com o baterista Ian Treacy, que seria substituído por Neil Hutton. E mostra a dupla de guitarristas Darren Brooks e Peter Rew completamente afiados e destilando peso e técnica de forma absurda. Por isso, vamos destrinchar as nove faixas deste play:

Riffs mortais anunciam a faixa de abertura, “Unfound Mortality”, onde a violência come solta. Ela é bem veloz durante boa parte de sua extensão, tendo uma quebrada de andamento no meio, voltando a brutalidade épica ao seu final. Sonzaço.

Nightfear” começa um pouco mais cadenciada, com a velocidade aumentando no meio e voltando ao final com a mesma pegada com a qual se iniciou, com riffs altamente técnicos. Outro petardo. “Paradox Alley” começa bem arrastada, mas é por pouco tempo, pois logo a quebradeira toma conta de tudo. Aqui a levada mais rápida flerta intensamente com o Grindcore, que vai se alternando com as partes mais arrastadas até o final. Uma pedrada.

I Bow to None” traz uma levada Punk com os vocais urrados e Death Metal do competente Dave Inghram. Riffs bem feitos, sincronizados com uma bateria marcante são os destaques da arrastadona e densa “Painted Skulls” e que a medida que se desenvolve, seus riffs cavalgados dão um upgrade ainda maior à música.

Virando o lado do vinil… Temos “Violent Domain”, que também é bem pesada, com cada riff destruidor. Ela começa arrastada e segue assim até o meio, quando a velocidade dá as caras e com um ótimo solo, retornando ao clima inicial para encerrar de maneira honrosa.

Face Without Soul” é arrastada, técnica e pesada durante toda sua extensão, enquanto que “Bleakhouse” repete a fórmula que a banda usou durante boa parte do play: início violento e matador, com uma mudança no andamento ali no meio, com uns riffs cadenciados no meio que lembram vagamente os de uma certa “Angel of Death”, com o retorno triunfal dos riffs velozes e brutais.

Blood for Stone” encerra o aniversariante do dia mantendo-o onde ele esteve durante todos os 37 minutos: no topo. Aqui a banda utiliza novamente de uma das receitas que foram postas em prática durante o play: a alternancia de ritmos, começando arrastada e as intercalando com partes rápidas, e com excelentes riffs e temos a sensação de que submetemos nossos ouvidos a um massacre sonoro, estamos diante dos de um verdadeiro clássico do Death Metal mundial. Indo contra a tendência das bandas de Heavy Metal na década de 1990, o Benediction manteve-se fiel à sua sonoridade pesada e brutal.

Este álbum é merecedor de todas as comemorações na presente data. Hoje é dia de celebrar os 31 anos desta pedra preciosa, escutando-o no volume máximo. Para nossa Felicidade o Benediction está na ativa, e o melhor, com seu vocalista Dave Ingram de volta. Eles estiveram em nosso país no ano passado, durante a primeira edição do Summer Breeze Brasil. Já está na hora de a banda lançar o sucessor do ótimo “Scriptures” (2020), para nosso deleite.

Transcend the Rubicon – Benediction
Data de lançamento – 10/08/1993
Gravadora – Nuclear Blast

Faixas:
01 – Unfound Mortality
02 – Nightfear
03 – Paradox Alley
04 – I Bow to None
05 – Painted Skulls
06 – Violation Domain
07 – Face Without Soul
08 – Bleakhouse
09 – Blood From Stone

Formação:
Dave Ingram – vocal
Darren Brooks – guitarra
Peter Rew – guitarra
Frank Healy – baixo
Ian Treacy – bateria

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

One thought on “Benediction: há 31 anos, banda lançava o álbum “Transcend the Rubicon”

  • agosto 12, 2024 em 11:17 pm
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    Ouvia muito os primórdios do Benediction em fitas cassetes, bons tempos aqueles!!!! Grande clássico da banda, valeu!!!!

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