Black Sabbath: há 35 anos era lançado o álbum “TYR”

Há 35 anos, em 20 de agosto de 1990, o Black Sabbath lançava “Tyr“, o 15° álbum da discografia dos criadores do Heavy Metal e que é assunto do nosso bate-papo desta quarta-feira.

O Sabbath tentava se manter de pé, tendo apenas Tony Iommi como membro original. Era o terceiro álbum com a mesma formação, que tinha o tecladista Geoff Nicholls (este já acompanhava a banda desde o álbum “Heaven and Hell“, de 1980), o baterista Cozzy Powell e o vocalista Tony Martin. É o único álbum com a presença do baixista Neil Murray.

O título do álbum e de algumas das músicas contidas aqui nos remetem à mitologia norueguesa, o que pode erroneamente fazer com que nós concluírmos que se trata de um disco conceitual, o que não é. E o baixista Neil Murray afirmou no ano de 2005 que embora o nome das músicas podem levar a crer nisso, na verdade a banda jamais pensou em criar uma obra conceitual.

O quinteto viajou até o estúdio Rockfield, no País de Gales, por onde eles ficaram trancafiados entre os meses de janeiro e junho de 1990. Tony Iommi e Cozzy Powell assinaram a produção. A masterizacão aconteceu no Townhouse. As letras foram todas escritas por Tony Martin, enquanto que o restante da banda escreveu as músicas.

Nosso homenageado é composto por 9 músicas, sendo que os destaques ficam com “Anno Mundi” que abre o álbum, “The Law Maker“, que tem uma pegada bem Power Metal e “The Sabbath Stones“, que é densa, com contornos épicos, em uma das melhores canções de toda a carreira do Black Sabbath, sem desrespeitar os grandes clássicos forjados nos anos 1970 pelos criadores do Heavy Metal.

Em 39 minutos temos um álbum cuja audição é bastante agradável. Bem tocado, com bases simples, porém bem feitas. A produção ficou ótima e se você ainda não escutou, corra e venha desfrutar de um Black Sabbath moderno e diferente, porém, ótimo. Infelizmente nas turnês posteriores, a única música do aniversariante do dia que a banda incluiu nos shows foi “Anno Mundi“. E quando Ozzy retornou a banda, só foram tocadas músicas dos álbuns que ele cantou.

Em 1992, Tony Martin gravou um álbum solo, chamado “Back Where I Belong” e ele regravou a música “Jerusalem“. No mesmo ano de 1992, Iommi iria se reunir novamente com Geezer Buttler, Ronnie James Dio e Vinnie Appice para gravar o icônico álbum “Dehumanizer“. Porém, em 1994, a formação que tocou aqui em “Tyr” se reuniu para gravar o álbum “Forbidden”, mas os resultados não foram tão bons quanto os obtidos aqui

O disco inspirou a banda norueguesa do mesmo nome. O vocalista do Týr, Hery Joesen, afirmou que a logo de sua banda, formada em 1998 foi criada a partir da capa do play. Nos charts a redor do mundo, a bolacha chegou a 12ª posição na Alemanha, 24° na Áustria, Suíça, Suécia e no Reino Unido, 57° no Japão e 77° na Holanda.

Hoje é dia de celebrar esse disco e também a história que Tony Iommi escreveu no Heavy Metal. Recentemente, o Black Sabbath original se reuniu para o show de despedida de Ozzy, que acabou falecendo dezessete dias depois da histórica apresentação, cuja renda foi doada para hospitais e instituições que cuidam e pesquisam sobre o Parkinson, doença que fez com que o vocalista terminasse seus dias de maneira que não gostaríamos de vê-lo. Nós somos privilegiados por ser nascidos na mesma geração destes caras.

Tyr – Black Sabbath
Data de lançamento – 20/08/1990
Gravadora – I.R.S. Records

Faixas:
01 – Anno Mundi
02 – The Law Maker
03 – Jerusalem
04 – The Sabbath Stones
05 – The Battle of Tyr
06 – Odin’s Court
07 – Valhalla
08 – Feels Good for me
09 – Heaven in Black

Formação:
Tony Iommi – guitarra
Tony Martin – vocal
Cozzy Powell – bateria
Geoff Nicholls – teclado
Neil Murray – baixo

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

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