Bruce Dickinson: 26 anos de “Scream for me Brazil”

Há 26 anos, em 2 de novembro de 1999, Bruce Dickinson lançava seu álbum ao vivo “Scream for me Brazil“, uma ode aos seus fãs tupiniquins, onde certamente ele tem a sua base mais forte, falando de sua carreira solo. Esse álbum é tema do nosso bate-papo deste feriado de finados. 

Bruce Dickinson estava no melhor momento de sua carreira solo e aquela altura do campeonato, seu retorno ao Iron Maiden acabava de ser anunciado, para surpresa de todos. Aliás, não só ele, mas Adrian Smith, que havia voltado a tocar com Bruce a partir do álbum “Accident of Birth” (1997), também estava retornando para a Donzela, fazendo com que a banda passasse a ser um sexteto. 

Apesar de Bruce Dickinson ter lançado ainda mais um disco solo anos depois, o mediano “A Tyranny of Souls” (2005), este é considerado como o fim do ciclo do frontman. E foi um final em grande estilo, coroado com o lançamento do ótimo “Brave New World“, pelo Iron Maiden, um ano mais tarde. 

Gravado na saudosa casa Via Funchal, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de abril daquele 1999, “Scream for me Brazil” é um registro da turnê do belíssimo “The Chemical Wedding“, o disco mais pesado da carreira de Bruce. Um fator curioso é que a banda tocou em duas datas, sendo que todo o registro do primeiro dia simplesmente sumiu. Roy Z, guitarrista e produtor, certa vez afirmou que não entendeu o que aconteceu e que “foi uma coisa divina ou from hell”. Então tudo o que está no play, refere-se a segunda data. 

O CD é composto por doze canções, sendo sete do recém lançado “The Chemical Wedding“. O show teve dezoito músicas e seis foram limadas: “Powerslave“, “2 Minutes to Midnight“, “Flight of Icarus“, “Jerusalem” (“The Chemical Wedding“), “Taking the Queen” (“Accident of Birth“) e “Tattoed Millionarie“, do primeiro álbum solo de Bruce. Ele ignorou as músicas de “Skunkworks“, o que é uma pena, pois o álbum tem bons momentos. 

São quase setenta minutos de música onde podemos ver tanto Bruce quanto a banda que o acompanhava, no ápice de suas formas. É um show enérgico, pesado, além de representar uma homenagem do frontman para seus fãs brasileiros, que sempre demonstraram total devoção para com ele. Talvez o único defeito do play é não conter, além de músicas do já citado “Skunkworks“, outras de “Balls to Picasso“, como por exemplo “Cyclops“, “10.000 Points of Light“, “Shoot All the Clowns“, e outras do “Accident of Birth” como “Freak“, “Ghost of Cain” ou “The Magician“. Daria perfeitamente para fazer um show maior e compilar um álbum duplo. Mas trata-se de um ótimo registro ao vivo. 

Enfim, é dia dos mortos, mas também de celebrar quem está muito vivo e prometendo soltar mais um álbum solo em breve. Bruce Dickinson está em forma. Quem pôde vê-lo recentemente na turnê que o Iron Maiden realizou pelo Brasil, não tem dúvidas de que o hoje senhor Bruce está cantando demais. Ele esteve no Brasil no mês de setembro, quando se apresentou no The Town, e algumas das músicas presentes neste álbum foram tocadas nesta recente apresentação. Vamos celebrar o play ao vivo desta fera.

Scream for me Brazil – Bruce Dickinson

Data de lançamento – 02/11/1999

Gravadora – Sanctuary

 

Faixas:

01 – Trumpets of Jericho

02 – King in Crimson

03 – The Chemical Wedding

04 – Gates of Urizen

05 – Killing Floor

06 – Book of Thel

07 – Tears of the Dragon

08 – Laughing in a Hiding Bush

09 – Accident of Birth

10 – The Tower

11 – Darkside of Aquarius 

12 – Road to Hell

 

Formação:

Bruce Dickinson – vocal

Roy Z – guitarra

Adrian Smith – guitarra

Eddie Casillas – baixo

Dave Ingraham – bateria

Flávio Farias

Fã de Rock desde a infância, cresceu escutando Rock nacional nos anos 1980, depois passou pelo Grunge e Punk Rock na adolescência até descobrir o Heavy Metal já na idade adulta e mergulhar de cabeça na invenção de Tony Iommi. Escreve para sites de Rock desde o ano de 2018 e desde então coleciona uma série de experiências inenarráveis.

One thought on “Bruce Dickinson: 26 anos de “Scream for me Brazil”

  • novembro 2, 2025 em 8:26 pm
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    Lembro de correr atra´s desse disco e algumas pessoas da época dizer que era pirata, difícil encontar em lojas de cds da época!!!! Com o tempo consegui gravar em uma fita cassete, época boa aquela de rebobinar fita com a caneta!!!! Clássico dos clássicos, disco marcante…valeu!!!!

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