Bruce Dickinson critica uso de celulares em shows do Iron Maiden: “pequeno fascista na sua mão”

O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, voltou a criticar de forma contundente o hábito dos fãs que insistem em gravar trechos dos shows com seus celulares. Aos 67 anos, o cantor reafirmou sua aversão ao comportamento, classificando a prática como prejudicial à experiência da música ao vivo.

Em entrevista ao Appetite for Distortion, Dickinson foi direto:

“Eu queria que a câmera daquelas coisas nunca tivesse sido inventada. É como uma doença terrível, as pessoas sentirem a necessidade de olhar o mundo através desse pequeno dispositivo idiota. É como uma falha da humanidade.”

O músico reforçou que o público perde a verdadeira conexão emocional ao se prender às telas:

“Você está entregando seus sentidos completamente a esse pequeno fascista em sua mão. Largue-o, coloque-o no bolso e olhe ao seu redor. Observe as pessoas, a alegria, a banda, sinta a emoção, sinta a música. O que um telefone faz é cortar tudo isso.”

Dickinson afirmou que essa situação o entristece e irrita como artista:

“Me sinto triste. Também me sinto irritado, porque quero me apresentar para um público que tenha algum feedback emocional — não para um bando de Androides idiotas.”

O vocalista já havia elogiado a atmosfera de um show do Ghost, no qual os celulares foram proibidos, destacando a diferença positiva no envolvimento do público.

O Iron Maiden, por sua vez, não implementou uma proibição total, mas pede constantemente que os fãs deixem os aparelhos de lado e curtam o momento. Recentemente, a banda anunciou novas datas da turnê Run For Your Lives, incluindo dois shows em Paris que serão completamente sem celulares e filmados para um lançamento futuro.