Bruce Dickinson: há 24 anos, o vocalista homenageava os fãs brasileiros com o álbum “Scream for me, Brazil”

Há 24 anos, em 2 de novembro de 1999, Bruce Dickinson lançava seu álbum ao vivo “Scream for me Brazil“, uma ode aos seus fãs tupiniquins, onde certamente ele tem a sua base mais forte, falando de sua carreira solo. Esse álbum é tema do nosso bate-papo neste feriado de finados.

Bruce Dickinson estava no melhor momento de sua carreira solo e aquela altura do campeonato, seu retorno ao Iron Maiden acabava de ser anunciado, para surpresa de todos. Aliás, não só ele, mas Adrian Smith, que havia voltado a tocar com Bruce a partir do álbum “Accident of Birth” (1997), também estava retornando para a Donzela, fazendo com que a banda passasse a ser um sexteto, formação que perdura até os dias atuais.

Apesar de Bruce Dickinson ter lançado ainda mais um disco solo anos depois, o mediano “A Tyranny of Souls” (2005), este é considerado como o fim do ciclo do frontman. E foi um final em grande estilo, coroado com o lançamento do ótimo “Brave New World”, pelo Iron Maiden, um ano mais tarde.

Gravado na saudosa casa Via Funchal, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de abril daquele 1999, “Scream for me Brazil” é um registro da turnê do belíssimo “The Chemical Wedding“, o disco mais pesado da carreira de Bruce. Um fator curioso é que a banda tocou em duas datas, sendo que todo o registro do primeiro dia simplesmente sumiu. Roy Z, guitarrista e produtor, certa vez afirmou que não entendeu o que aconteceu e que “foi uma coisa divina ou from hell”. Então tudo o que está no play, refere-se a segunda data.

O CD é composto por doze canções, sendo sete do recém lançado “The Chemical Wedding“. O show teve dezoito músicas e seis foram limadas: “Powerslave“, “2 Minutes to Midnight“, “Flight of Icarus” (Iron Maiden), “Jerusalem” (“The Chemical Wedding“), “Taking the Queen” (“Accident of Birth“) e “Tattoed Millionarie“, do primeiro álbum solo de Bruce. Ele ignorou as músicas de “Skunkworks“, o que é uma pena, pois o álbum tem bons momentos.

São quase setenta minutos de música onde podemos ver tanto Bruce quanto a banda que o acompanhava, no ápice de suas formas. É um show enérgico, pesado, além de representar uma homenagem do frontman para seus fãs brasileiros, que sempre demonstraram total devoção para com ele. Talvez o único defeito do play é não conter, além de músicas do já citado “Skunkworks“, outras de “Balls to Picasso“, como por exemplo “Cyclops“, “10.000 Points of Light“, “Shoot All the Clowns“, “Freak“, “Ghost of Cain” ou “The Magician“. Daria perfeitamente para fazer um show maior e compilar um álbum duplo. Mas trata-se de um ótimo registro ao vivo.

Enfim, é dia dos mortos, mas também de celebrar quem está muito vivo e prometendo soltar mais um álbum solo em breve. Bruce Dickinson está em forma. Quem pôde vê-lo recentemente na turnê que o Iron Maiden realizou pelo Brasil, não tem dúvidas de que o hoje senhor Bruce está cantando demais. Vamos celebrar o play ao vivo desta fera enquanto aguardamos seu próximo trabalho solo. Ele esteve no Brasil se apresentando esse ano. Longa vida a este que é um dos maiores vocalistas da história.

Scream for me Brazil – Bruce Dickinson
Data de lançamento – 02/11/1999
Gravadora – Sanctuary

Faixas:
01 – Trumphets of Jericho
02 – King in Crimson
03 – The Chemical Wedding
04 – Gates of Urizen
05 – Killing Floor
06 – Book of Thel
07 – Tears of the Dragon
08 – Laughing in a Hiding Bush
09 – Accident of Birth
10 – The Tower
11 – Darkside of Aquarius
12 – Road to Hell

Formação:
Bruce Dickinson – vocal
Roy Z – guitarra
Adrian Smith – guitarra
Eddie Casillas – baixo
Dave Ingraham – bateria

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