Charlie Benante não descarta gravar novas músicas com o Pantera
Nesta sexta (2), começa a aguardada turnê de retorno aos palcos do Pantera.
Agora contando com os remanescentes, Phil Anselmo nos vocais, Rex Brown no baixo, se unindo a Zakk Wylde, que assume a guitarra de Dimebag Darrel, e Charlie Benante, que ocupa o trono da bateria de Vinnie Paul, a banda se apresenta no festival Heaven & Hell, no México.
A dúvida de todos é; até onde essa nova formação irá, e se há a possibilidade de novas músicas surgirem dessa junção. Charlie, em conversa com a BraveWords, falou sobre esta possibilidade. Ele comenta:
“Cara, quem sabe?
Criativamente, se estamos apenas fluindo e indo bem, e as coisas estão começando a ficar muito boas, musicalmente falando, nunca se sabe o que pode acontecer. Tenho muitos riffs.”
Estamos colocando a carroça na frente dos bois. Gosto da positividade lá, mas não sei como as pessoas reagiriam a isso neste momento. Acho que primeiro, vamos chegar lá e estabelecer isso e como podemos jogar. Estou sempre aberto para o futuro.“
O baterista do Anthrax também relatou como foi o telefona com o convite para se juntar a nova formação da banda. Ele diz:
“Eu estava pronto para fazer isso com eles porque, como expliquei a ele, isso era mais emocional para mim do que qualquer outra coisa. Não era sobre ganho financeiro ou algo assim. Eu sei o que aqueles caras significavam para mim, especialmente Dimebag Darrell , eu era muito próximo dele. E o mesmo com Vinnie Paul também. Mas eu conversava muito com Darrell.
A única coisa que me fez sentir bem sobre Philip e Rex, foi quando eles disseram, ‘Não há mais ninguém que nós queríamos fazer isso além de você.’ Não apenas por causa da minha habilidade, mas também pela minha amizade com esses caras ao longo dos anos. Isso me atingiu em um nível emocional.
Eu não gostaria de ver mais ninguém lá além de mim fazendo isso. Depois que desliguei o telefone com Philip, pensei: ‘É isso. Estou me recompondo e estou fazendo isso da maneira certa. .’ E foi exatamente assim que eu abordei isso.”
Segundo o baterista, ele, Anselmo e Brown começaram a ensaiar um pouco antes de Wylde se juntar a eles, e no total eles ficaram em Nova Orleans praticando por mais de duas semanas. Alguns dos antigos membros da equipe do Pantera se juntaram a eles durante a próxima turnê, e disseram a Benante que sua forma de tocar soava como a de Paul:
“Então, com o Anthrax, minha configuração é diferente. Eu toco com três tons de rack na frente que são menores do que os que toco com o Pantera. Estou tocando com dois grandes tons na frente, como Vinnie, porque queria me desafiar. E senti que, se configurasse a bateria da maneira que ele fez, eu a abordaria dessa maneira e tocarassim. Então, esse é o meu objetivo.”
O último disco do Pantera, “Reiventing the Steel“, foi lançado em 2000, e logo após a sua turnê, a banda anunciou a sua separação.
A nova formação do Pantera desembarca no Brasil nos dias 15 e 18 de dezembro, com uma apresentação ao lado do Judas Priest, e depois, como parte do festival Knotfest, respectivamente. Ambas as datas acontecerão em São Paulo.