Corey Taylor fala sobre separação do Slipknot com a Roadrunner, planos para o futuro e Joey Jordison: “tinha demônios que matariam uma pessoa normal”

Corey Taylor, vocalista do Slipknot, conversou com Zane Lowe da Apple Music 1 recentemente, e no bate papo ele comentou o rompimento da banda com a gravadora “Roadrunner Records”, após 25 anos de parceria. E ainda, falou um pouco sobre os planos futuros. Ele disse:

“À medida que você envelhece, você começa a apreciar o que você faz, quero dizer, é legal porque, neste momento, poderíamos fazer o que quisermos. Se quiséssemos, poderíamos fazer um álbum de retrocesso em que apenas entramos em uma sala e escrevemos ao vivo e descobrimos. Poderíamos dar a volta e criar algo muito complexo e sombrio. Quero dizer, nós poderíamos fazer um álbum conceitual duplo com um filme em volta dele e fazer algo que não tivesse a ver com nada disso… Então, para mim, é realmente sobre o que queremos fazer? O que nos mantém? Não precisamos voltar a isso até que realmente queiramos. Contratualmente, podemos apenas dizer que podemos fazer uma única vez mais pelo resto de nossa carreira.

Obviamente, alguns de nós na banda têm algo fora do Slipknot , isso nos dá tempo para fazer o público dizer ‘quer saber? Já está na hora de um álbum do Slipknot .’ Então, temos maneiras que aliviam naturalmente o peso e aliviam a pressão de ter que ir de um rumo a outro, se não quisermos. Vamos ser sinceros, a Roadrunner não é mais o que costumava ser. E nós não somos nem uma sombra do que costumávamos ser. Portanto, não há urgência real para ficarmos com eles para fazer qualquer coisa. E porque todas as pessoas com quem começamos se foram e foram demitidas de maneira muito sem cerimônia ao ponto em que os últimos dois anos.

Então, neste ponto, quero dizer que podemos fazer o que quisermos e não ficarmos em dívida com ninguém. Quero dizer, o que isso significa, não sabemos. Isso significa que mais portas se abrem ou isso significa que as portas se fecham porque não fazemos mais parte desse sistema? E não que demos a mínima para fazer parte desse sistema, mas ao mesmo tempo, o acesso ajuda. Então, quer dizer, tudo se resume a quem quer fazer parte da próxima coisa do Slipknot. É assim mesmo.”

Em outro trecho da entervista, Corey falou sobre o falecido ex parceiro de banda, Joey Jordison. Ele comenta:

“Com a idade, você começa a apreciar o que você tem e lamenta as perdas. Você lamenta o fato de que você nunca teve que realmente fazer as pazes com as pessoas que você perdeu. E isso é algo que eu tenho tenho feito apenas na minha própria vida, é chegar a pessoas com quem eu não falo há um tempo e realmente enterrar brigas porque essa merda só vai te pesar pra caralho.

“Eu e Joey , conversamos ao longo dos anos de vez em quando, mas nunca dissemos um ao outro o que precisávamos dizer. Pelo menos eu não disse isso para Joey. Mas essa era a coisa complicada sobre Joey , era o fato de que ele era tantas pessoas diferentes em uma só pessoa, e era difícil entender o que estava acontecendo a qualquer momento. Ele tinha demônios que teriam matado pessoas normais. Ele era um dos verdadeiros gênios musicais que eu já conheci. Ele era apenas complicado.

Todo mundo gosta de falar um monte de merda depois do fato, mas você não percebe que o que está fazendo é desumanizá-los. E eu não posso fazer isso porque eu vivi com esses caras. E a maldita tragédia disso é que fizemos tudo o que podíamos para tentar estar lá. Não só por ele, mas por Paul Gray, e é uma pena, cara. O mundo é menos legal sem ele nele.“

O Slipknot se prepara para lançar seu mais novo disco, “The End, So Far” nesta sexta feira, o último registro junto da Roadrunner Records. Confira nossa resenha de “The End, So Far“.