Courtney LaPlante explica como escapa do assédio em cima do palco

Courtney LaPlante, a vocalista do Spiritbox, contou em entrevista a Allison Hagendorf, como ela faz para escapar de assédio sexual no palco. Ela comenta:

Sempre que meus amigos diziam: ‘Ah, eu queria que não houvesse uma barricada em frente ao palco’, eu dizia: ‘Isso deve ser tão legal para você, porque você não está sendo abusada sexualmente enquanto tenta fazer seu trabalho. Não me entenda mal, eu também não gosto da barricada, mas é muito legal poder colocar meus braços ao lado do meu corpo sem ter alguma preocupação.

Courtney ainda ressalta como as coisas mudaram ao longo do tempo, desde o começo da banda:

“Agora é diferente. Estamos indo para um show, é o nosso show, e nossos fãs estão lá. Eles nos entendem e nos respeitam. Trouxemos pessoas que têm empatia e se conectam conosco para nossos shows, e elas pagaram para estar lá. Mas não é assim quando você está começando ou quando está em uma banda que toca em bares. Há caras no bar naquela noite que pagaram US$ 8 para fumar cigarros e assistir a uma série de bandas aleatórias. É um ambiente hostil.

Qualquer um que reclame do microfone em formato de concha nunca fez um show com um monitor em um palco pequeno. Você tem que segurar o microfone assim para conseguir ouvir a si mesma. Eu levei anos para não precisar segurar o microfone dessa forma.”

LaPlante acrescentou que a agressão foi “normalizada”:

“É uma daquelas coisas que se tornam tão comuns que eu nunca parei para pensar: ‘Ah, sim, estou sendo agredida sexualmente no palco agora.’ Os caras ficam lá, tipo, ‘Sim’, ou são assediadores de alguma forma. Agora eu tenho o poder para quando qualquer coisa acontecer, eu pedir para segurança retirar alguém do show”. 

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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