Dave “Phoenix” Farrell relembra morte de Chester Bennington e como foi o processo para retomar o Linkin Park
Dave “Phoenix” Farrell, baixista do Linkin Park, falou em entrevista a Evropa 2, como foi a perda de Chester Bennington anos atrás e pensar no retorno da banda. Ele diz:
“Na história da banda, a coisa mais trágica, com certeza, foi perder o Chester. Não há nada que chegue perto, no processo pelo que passamos. Então, no sentido de que eu, Brad , Mike e Joe, daquele ponto em diante, levou anos até que nos sentíssemos confortáveis em voltar para uma sala, sentar juntos e dizer, tipo, queremos tentar começar a compor de novo? Ou ainda queremos continuar sendo a banda? Queremos fazer música juntos? Isso se chama Linkin Park? Meu cérebro desligou tudo isso e disse: ‘Vou ficar com a minha família. Vamos fazer isso’. Mais ou menos como: ‘Falo com vocês quando os vir, mas, por enquanto, uma bomba acabou de explodir e eu preciso me recuperar e descobrir isso.’
Acho que é como o clichê de que o tempo cura todas as feridas. Ele não cura a ferida, mas te dá a oportunidade de tentar olhar as coisas com uma lente diferente e ver o que você pode fazer ou onde você pode seguir em frente, ou pelo menos se mover. Não sei se isso faz sentido, mas o que aprendi em algumas situações diferentes ao lidar com tragédias é que elas não te abandonam — elas ficam com você — mas você descobre uma maneira de… o que é o amanhã? Você descobre uma maneira de entrar nisso. O que você vai fazer? Como você vai se mover? Como isso vai ser? E meio que tentar dar um passo de cada vez.”
O atual baterista, Collin Brittain, falou sobre como é substituir Rob Bourdon no Linkin Park. Ele diz:
“Bem, é sempre um grande desafio com a banda, com tanto respeito que todos nós admiramos. Você quer fazer o melhor que puder para representar o papel criativo do Rob e do Chester na banda. Mas acho que, para mim, era mais sobre… Eu estava pensando menos em substituir alguém e simplesmente assumir um lugar como eu mesmo. E também, sim, claro, prestar homenagem exatamente ao que ele estava fazendo e para onde estava indo. Mas se você pensar muito sobre isso, em tentar ser outra pessoa, acho que essa nunca é uma boa maneira de encarar a situação. É mais como, tipo, onde estamos agora e como posso contribuir para esse processo como eu mesmo? E sem tentar comparar, mas, obviamente, sim, tenho um enorme respeito pelo Rob e pela sua forma de tocar. Ele foi uma grande influência na minha forma de tocar desde o início, então tem sido um cenário de sonho para mim continuar de onde ele parou e dar o meu melhor.”
O Linkin Park continua sua turnê do último disco “From Zero“, lançado no ano passado e que marcou a estreia de Emily Armstrong como vocalista. A banda retorna ao Brasil este ano para três shows e você confere os detalhes aqui.