David Ellefson acha que “qualidade do Megadeth caiu no últimos cinco anos”

David Ellefson não tem visto com bons olhos a qualidade do Megadeth nos últimos anos.

Foi isso que ele revelou em conversa ao Metal Edge, onde ele também comentou sobre como foi ser demitido por Dave Mustaine. Ele diz:

“Acho desnecessário. E sem dúvida foi feito com rancor e amargura, o que eu não merecia. Considerando tudo o que fiz pelo Megadeth e tudo o que tolerei ao longo dos anos, eu diria que a coisa toda foi desnecessária. E certamente não foi o que discutimos sobre como a transição aconteceria. O que aconteceu veio cegamente do nada. Então, eu basicamente tinha a opção de pegá-lo ou retaliar, o que me foi dado licença gratuita para fazer. Minha equipe disse: ‘Ei, se você quer enfrentar esse cara, vá em frente. Nunca vimos algo tão antiético em todos os níveis. Faça o que você precisa fazer.’ Mas eu disse: ‘Não. Vou apenas sentar, deixar as coisas se resolverem e deixar a música falar’.”

Ellefson ainda confessou achar que Mustaine se sente “ameaçado” com seus novos projetos, o Dieth e Kings of Thrash:

“Sim. Também acho que ele odeia a ideia de eu ter sucesso fora desse grupo. Porque agora, sou eu quem ajuda a criar a música, tomar as decisões e, basicamente, estar no comando. Não era assim no Megadeth, que eu acho que muitas pessoas já sabem. Mas as pessoas amam aquela banda por causa da música que criamos juntos. Essas músicas permanecerão para sempre, apesar de todas as coisas que aconteceram nos bastidores. Então, quando tudo isso aconteceu, eu apenas disse: ‘Temos um grande legado, mas acabou agora. Você quer um tiroteio ou deixar a música falar por si?’ Escolhi deixar a música que faço falar por si. E acho que fala muito. Estou bastante convencido de que as coisas que lancei desde que deixei o Megadeth são tão boas ou melhores do que qualquer coisa que eles tenham feito.”

E continua:

“É 100% por que isso está acontecendo. Eu observei que a qualidade do Megadeth diminuiu nos últimos cinco anos, o que foi muito frustrante. Eu traria ideias para a mesa e tentaria ajudar a situação, mas essas ideias seriam encerradas ou removidas após o fato que aconteceu. Foi muito agressivo e frustrante ser intencionalmente diminuído ou removido do processo. Então, eu disse, ‘Ok, eu vejo o que está acontecendo aqui.’ Um velho ditado diz: ‘Crianças que não compartilham seus brinquedos não têm amigos.’ Então, eu apenas disse: ‘Vou pegar meus brinquedos e brincar com outra pessoa’. Isso é uma merda simples que você aprende no jardim de infância, mas não tanto naquela banda.”

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *