Resenha Dimmu Borgir – “Puritanical Euphoric Misanthropia (Remaster) (2023)

Em 2001, o Dimmu Borgir lançava uma das obras mais magistrais da música extrema. “Puritanical Euphoric Misanthropia” entregava um disco impecável e tirava a banda de vez do underground e os alçava ao status de uma das maiores do segmento black metal mundial.

Nesse período, o grupo tinha uma de suas formações mais brutais e incendiárias, contando com o baixista e que também servia de voz em diversos momentos Vortex, e o pianista e maestro Mustis, que era o compositor de grandes hinos. Também compunha o time o furioso baterista Nicholas Barker.

Passados mais de 20 anos de seu lançamento original, e contando com um já relançamento, a Nuclear Blast, e em parceria mais uma vez com a Shinigami Records, traz ao Brasil a nova versão do registro.

O material inteiro é refeito em uma bela edição de luxo tripla, contando com um nova capa e em seu interior, o disco inteiro remixado e remasterizado com tecnologias atuais que elevam em potência extrema o que já beirava a perfeição!

Ali, nós encontramos verdadeiras pérolas do Dimmu Borgir como a “Blessings Upon The Throne of Tyranny“, com seus blast beats ensandecidos, mudanças de andamento e um final apoteótico e climático. “Kings of the Carnival Creation” nem precisa ser detalhada aqui, pois para quem já ouviu a faixa sabe do seu poder avassalador e maestria com que é composta. A cadencia com que segue até a virada nada menos do que espetacular em que os vocais de Vortex aparecem guiados pelos teclados de Mustis. Uma verdadeira obra prima magistral e cheia de impacto. “Hybrid Stigmata – The Apostasy” é outra poderosa música. Com riffs cavalados e soturna, é outra que também surgem os vocais poderosos de Vortex em contraponto a Shagrath. A música ainda mostra um trabalho de bateria impecável de Nick, mostrando o gênio das baquetas que ele é. “Puritania” é quase uma marcha militar, e soa assim propositalmente com sua letra ácida. Ainda há tempo para “The Maelstrom Mephisto“, brutal e visceral, aém de um perfeito cover para “Burn in Hell” do Twisted Sister.

O novo formato traz nos outros CD’s, demos e versões da pré produção das músicas que viraram grandes hinos do Dimmu Borgir, em um material bastante interessante para os que querem saber mais do que foi o processo criativo dessa obra.

Não sou lá muito fã de reedições e afins, mas em se tratando de “Puritanical Euphoric Misanthropia” e uma obra tão monumental e entregue em um formato tão caprichado como este que nos é entregue, há a vírgua de exceção no caso e assim, um material extremamente digno de todo o seu potencial, catalisando o poder de ataque de algo tão bem idealizado e executado como o que encontramos aqui. Eu correria agora mesmo para garantir uma cópia e não deixar passar a oportunidade de ter um baita disco em um baita edição!

Você pode adquirir o disco aqui.

NOTA: 10

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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