Dire Straits Legacy traz legado do rock em noite de requinte em São Paulo
TEXTO POR: DANI KIEDIS
No último domingo, 7 de maio de 2023, o Espaço Unimed em São Paulo recebeu Dire Straits Legacy, em um de seus 10 shows em solo brasileiro para a turnê “For You“. Apesar de terem vindo recentemente (ano passado) para a turnê de 45 anos de carreira, a casa, em sua configuração de mesas, teve os ingressos praticamente esgotados e estava lotada de fãs de diferentes gerações do rock.
Com um pequeno atraso de 15 minutos, às 19:45 entram no palco Marco Caviglia (voz e guitarra), Mel Collins (sax e flauta), Alan Clark (teclados), Phil Palmer (guitarra), Jack Sonni (guitarra), John Giblin (baixo), Danny Cummings (percussão e voz), Primiano Dibiase (teclados e acordeon) e Cristiano Micalizzi (bateria) e inicia-se o espetáculo com “Expresso Love”, seguida de “Skateaway”. Mesmo com tantos instrumentos no palco, o som cristalino tornava ainda mais evidente o alto nível da performance dos músicos – a sensação era de estar ouvindo um disco.
O vocalista Marco finalmente cumprimenta a plateia com um “Boa noite Sao Paolo” e todos aplaudem, marcando ainda com as batidas de palmas o início da próxima canção, “Ride Across the River“, que traz um longo trecho instrumental onde Mel executa um belo solo de flauta. No próximo hit, “Tunnel of Love“, o destaque é para as dobras de guitarras e teclados. Em seguida, os ânimos acalmam com a balada “Romeo and Juliet“, praticamente um poema declamado por Marco acompanhado de seu violão, sendo finalizada com um impressionante solo de sax. Teclado e percussão certamente são destaque em “Telegraph Road“, que conta ainda com um solo de guitarra impecável para os amantes deste instrumento.
Chegando mais ou menos na metade do setlist e antes de performar os maiores clássicos, os músicos se apresentam, falando brevemente sobre sua participação na história do Dire Straits. Puxando maior interação do público, eles pedem para que todos se levantem para dançar ao som de “Walk of Life”, e assim permanece a maior parte do público, já sabendo que se aproximaria em breve o ponto alto do espetáculo – a canção que sem dúvida fez
jovens de muitas gerações se apaixonarem por rock’n’roll – “Sultans of Swing“.
Antes de uma breve saída do palco para fazer charme e deixar aquele gostinho de “quero mais”, não
poderiam ficar de fora outras canções marcantes como “Your Latest Trick” e “Money For Nothing“. Após uma sessão de aplausos, retornam para tocar “Brother in Arms“, momento no qual Marco gasta seu melhor portunhol fazendo muitos agradecimentos e dedicando o show a todos os fãs ali presentes e também ao falecido amigo e band manager Ricky.
Para encerrar, escolheram a balada romântica “So Far Away“, e mostrando que não estavam nem um pouco cansados apesar deste ser o quinto show seguido, organizaram a batalha de qual parte do público grita mais alto o título da canção: primeiro só as “vozes femininos”, depois só as “vozes masculinos” e por fim todos juntos em coro. Uma bandeira do Brasil é jogada ao palco a tempo dos músicos a estenderem para serem recebidos com estrondosos aplausos e ovações e assim está cumprida a missão de fazer com que cada pessoa saia dali tendo a incrível recordação de ter presenciado verdadeiras lendas vivas da música em ação.