Edu Falaschi diz “não haver espaço para política em sua música”
Edu Falaschi conversou com o podcast Plugado Cortes, onde ele falou sobre ser eles mesmo a agenciar suas redes sociais, e também falou sobre não se envolver em polêmicas, e nem querer saber de política. Ele diz:
“Polêmica, política, eu odeio, cara. Todos os lados: centro, esquerda, direita, acima, abaixo, todos. Pra mim, é tudo igual, mano. Não tem santo. Então, não tomo partido nenhum, porque, enquanto a política for paga, gerando benefícios, vantagens, só vai atrair lixo, entendeu?
Se fosse uma parada voluntária, como em alguns países desenvolvidos, onde o cara tem uma graninha só pra ajuda de custo, mas a profissão dele não é ser político, é médico, por exemplo, e ele é vereador pra ajudar a comunidade, como um síndico de prédio, aí é diferente. Quando vira profissão, o cara vê que vai ter mil benefícios, dinheiro, contatos, brechas pra se dar bem, só atrai coisa ruim, cara. Não atrai nada bom. Perdi muitas esperanças em político de qualquer lado. Acho tudo muito triste, porque o Brasil é um país muito rico, tem muita grana, mas a grana some, vai pro ralo, entendeu? É um povo trabalhador, quieto, que não é de briga, não merece passar o que passa, mano. Fico muito puto por isso, então não falo de política com ninguém, não tento passar minha ideia, nem lacrar. Acho que não tem nada a ver, cara.
Sou músico, não especialista. A gente vê o dia a dia, sabe o que tá funcionando ou não, mas não sou especialista político pra querer doutrinar, entendeu? Minha opinião, por mais maturidade que eu tenha no lado político, ainda é rasa comparada a quem realmente manja. Então, pra influenciar, aproveitar meu sucesso, minha fama, pra passar algo que eu posso estar errado, não rola. Sou músico, tô aqui pra fazer música, trazer alegria, emoção, essa conexão com o fã. Essa conexão não tem cor, não tem cheiro, não tem ideologia. Não quero saber, e o cara também não quer saber o que eu sou, o que penso, né?
Quando o cara ouve minha música, chora, lembra do pai, não tá lembrando do Maluf, tá ligado? Então, não tem nada a ver você doutrinar. Colocar algo na letra, um posicionamento, é uma coisa. Agora, doutrinar, eu acho ruim. O artista tem que fazer arte, e a arte vai abrir a mente de quem ouve pro lado que ele quiser. A arte é uma ferramenta na mão do cara pra ele usar como quiser: extravazar, chorar, se emocionar, se irritar, se indignar, tirar do sistema. Pra mim, a música é essa ferramenta. Não preciso chegar pros meus fãs e falar o que penso ou o que quero que eles pensem. Não me interessa o que ele quer ser ou não. Quero que ele seja feliz ouvindo minha música. Se não gostar, tudo bem, escolhe outra, não tem problema. Se gosta, vamos falar de música, de disco, de carreira, mas tem que tá ligado à arte, senão não tem muito nexo, sabe?”
Edu então continua:
“Penso que ter político como ídolo é perigoso pra caramba. Admirar um político é uma coisa, transformar ele num herói, como se fosse um artista, é perigoso. Você não tem certeza absoluta que o cara é íntegro, ainda mais na política, que tem muita grana, muitos benefícios, é tentador. O cara chega e fala: “Quer 10 milhões? Assina aqui.” É tentador se corromper, né? Quem não tem caráter cai. Em países desenvolvidos, como a Suécia, é mais difícil ter corrupção, porque o cara não precisa. Ele já ganha bem como médico, não vai arriscar a carreira, a honra, a família por uma grana.
Enquanto a política for uma carreira, o cara deixar de trabalhar pra ser só político, fodeu. É quase impossível não se corromper, cara. Pode até ter quem não se corrompa, mas eu tô descrente. Já votei em todos os tipos de políticos, de todas as ideologias, e todos me decepcionaram. O sistema é tão amarrado, tão podre, feito pra vagabundo se dar bem. É difícil mudar, cara, então nem discuto isso. Eu falo algo, mas levantar bandeira, falar publicamente, não.
Eu levanto a bandeira das pessoas, cara. De um herói que salvou alguém, de quem precisa de um tratamento de câncer, eu vou lá, luto por isso. Político? Tô fora total.”
Acredito que no som da Banda Kreator ou de alguma banda punk haveria espaço. Bandas de Power Metal passam um som relacionado a mágia, fantasia, histórias e outras coisas boas. Falar de politica é o mesmo que conseguir inimigos nos dias de hoje. Conheço pessoas que se vc insistir ou discordar de tal político geraria até briga, nosso mundo de hoje está um ou o maior Caos. Abraços