Edu Falaschi relembra período que fez teste para o Iron Maiden
Foto: Bel Santos
Edu Falaschi participou do podcast Inteligência Ltda, onde ele comentou sobreo período em que tentou se alistar para a vaga de Bruce Dickinson para ser vocalista do Iron Maiden. Ele diz:
“Foi nessa época, aí, 94. O Bruce saiu do Iron Maiden, aí é uma história meio maluca também. Aí mandaram meu LP, esse LP do Mitrium, né, a Rádio 97. Acho que não é mais rock, mas que era uma rádio rock da época que mandou. Tipo, existe um concurso que eu nem tava sabendo, um concurso Mundial que o Iron Maiden fez, e mandaram meu LP pro Iron Maiden, pra equipe deles. E aí, eu tava em Santos nessa época, aí tava de passeio, né? E aí ligaram na casa do guitarrista. ‘Ó, tem uma rádio te procurando. Cara, como é que a gente fazia para achar, né, sem celular, né? Os cara tinham, lista telefônica. Eles ligaram pro telefone do LP. Que era da gravadora. Aí o cara da gravadora deve ter passado da minha casa. Aí minha mãe deve ter atendido. Deve ser isso, né? ‘Olha, tá nesse número aqui’. Era assim, eu deixava o número da H. Minha mãe falava, ‘mãe, tô aqui nessa casa aqui, pode crer’. E aí, cara, era assim. Aí eu falaram, ‘Ó, você foi selecionado. A gente mandou com’. Eu pensei, o que, que concurso? Assim, não. Aí, pô, você foi, tem que vir para São Paulo, que vai ter um monte de entrevista. Aí eu achava que era meio trote, fala a verdade, não é? Aí, é real. Aí eu fui para São Paulo e dei entrevista. Aí comecei, né? Comecei na MTV, fiz coisa na Globo. Aí saiu uma revista comigo na capa de rock, né? Chamava ‘Hard’, se eu não me engano, acho que era isso.
E aí, eu comecei a dar um monte de entrevista, comecei a ficar meio conhecido ali. Teria que ir pra seletiva lá, se passasse, né? E que na verdade nunca aconteceu, né? Não de fato! Com ninguém, né? Acabaram chamando um amigo deles lá! Mais provável inglês. Chama brasileiro, me ou chamar um australiano, é difícil, os caras são bem assim, né? E inglês só gosta de inglês, né, cara? Eu fiz o teste, mandei para eles e tal. E foi uma emoção que na época não tinha internet, tinha nada, tinha o fax, né? Aí chegou um fax do Iron Maiden para mim, né, na gravadora, um fax, o logo do Iron Maiden. Foi muito, foi muito legal. Aí, claro, que isso, né, me colocou ali no foco, né? É no assunto das rodinhas de quem gostava de rock acabou virando um assunto lá, né?“
Edu lembra que mesmo que não tenha passado na seletiva, a história lhe rendeu uma boa visibilidade:
“Eu lembro que eu foi a primeira sensação da fama assim que eu tive, né? Mas tipo, tava fazendo cursinho na Paulista, no Objetivo da Paulista. E aí eu entrei no cursinho, assim, os caras distribuíram a revista nos cursinhos, essa revista aí. E aí eu entrei assim, as eu tinha um cara, com a revista. Aí olhou a capa, olhou eu. Aí ele, é você aqui. Eu falei, ah, sou eu, tal. Só que mano, não tinha essa coisa, né, de noção de nada do sucesso, de nada, né? Aí eu fui lá, né? Até hoje, assim, fiquei conhecido, 30 anos de carreira. Mas eu sou bem meio, não tem muito esse lance de ficar melindrado assim. Na época, menos ainda, então cara, aí o cara me deu a revista, falou, ‘assina aqui’. Foi a primeira vez que eu tive essa sensação da fama. Falei, como? Assina aqui, que eu vou assinar o que, disse. Não tinha nem preparado. Eu fiz um risco assim, sei lá, nem lembro que eu fiz. Fiz um negócio lá. E aí começou, né? Ah, o Edu, cara, que é do mito. Fez negócio do Iron e tal. Comecei a ficar meio conhecido ali pra galera que curtia rock, né? Então você vê as coisas meio que vem, né? Teve esse negócio do Maiden que veio do céu!”