Entrevista Paul Masvidal: Cynic, shows, novas músicas e mais
O Cynic está prestes a fazer sua estreia no Brasil. Em São Paulo, a banda faz parte do line do Metal Fest São Paulo, ao lado de nomes como o Moonspell o Beyond Creation.
Liderado por Paul Masvidal, que tem passagem pelo Death, tive a oportunidade de conversar um pouco com o músico, que falou sobre a vinda ao Brasil, novas músicas e mais. Confira a entrevista abaixo.
Confere Rock: Para começar, gostaria de falar sobre a banda estar afastada dos palcos por alguns bons anos. Como foi esse retorno?
Paul Masvidal: Indo lindamente. Sou grato por estar vivo para comemorar o 30º aniversário do primeiro álbum do Cynic, “Focus”, e também a vida de meus companheiros de banda Sean Reinert e Sean Malone, que morreram em 2020.
CR: O som do Cynic mudou muito ao longo dos anos. O último álbum, “Ascension Codes” é muito diferente do que aconteceu no começo. Como essas mudanças vêm acontecendo ao longo dos anos?
Paul: Eu sigo a musa. Como artista, estou sempre procurando elevar o nível, levar meus ouvintes em uma jornada e me desafiar trazendo algo original e novo para a mesa, para que a arte reflita constantemente esse processo.
CR: No último disco, você se concentrou mais no sintetizador do que no baixo. Foi difícil trabalhar compondo nesse formato?
Paul: Bem, na verdade é um disco de trio de guitarra e baixo e extremamente estratificado no departamento de guitarra. Algumas das guitarras soam como sintetizadores. O único sintetizador real no álbum é um sintetizador analógico Moog tocando as linhas de baixo do brilhante Dave Mackay.
CR: Como você vê a cena do metal do chamado metal progressivo, no qual o Cynic é citado várias vezes, hoje em dia e a relevância desse estilo para o heavy metal?
Paul: Eu não sigo muito, a menos que capte minha atenção de uma maneira totalmente nova. O Cynic quebrou intencionalmente as regras e criou algo novo como resultado. Quando um artista consegue fazer isso, ele inspira outros artistas a fazer mais arte, que é o objetivo final.
CR: Você incorpora vários instrumentos ao som do Cynic. Como você vê a composição de um novo álbum e pensa no que será usado nele?
Paul: É misterioso até para mim. Não sei como explicar como o som acontece, apenas acontece porque adoro música, adoro escrever música e tento ser o mais minucioso possível ao capturar algo que pareça genuíno. Eu ouço o que a música precisa e tento ficar fora do meu próprio caminho, servindo a esse processo. Cada registro é como ser levado em uma nave espacial para uma nova galáxia e descobrir um outro mundo no processo.
CR: Existe previsão para o sucessor de “Ascencion Codes” e o que podemos esperar dele?
Paul: Estou sempre escrevendo novas músicas, mas depois deste aniversário do Focus, quero espalhar o amor dos Ascencion Codes em 2024.
CR: Gostaria que você falasse sobre sua primeira visita ao Brasil com a Cynic. Qual a expectativa de encontrar os fãs brasileiros depois de todos esses anos na estrada?
Paul: Não tenho expectativas, mas imagino muitas boas energias!
CR: Por que escolher o álbum “Focus” para ser tocado na íntegra?
Paul: Porque 2023 é o 30º aniversário.
Deixe aqui um recado para os fãs brasileiros que estão esperando a chegada do Cynic.
Paul: (o músico fez questão de responder em português): Olá fãs do Brasil, estamos ansiosos para celebrar a música do Cynic com vocês!