Fernanda Lira desabafa sobre ódio na internet: “não sou essa pessoa horrível”
A vocalista e baixista Fernanda Lira falou abertamente sobre os ataques que recebe nas redes sociais — em muitos casos motivados por misoginia, gordofobia e preconceito. Ela admitiu que leu comentários odiosos e já chegou a chorar ao perceber o nível de agressividade gratuita conforme transcrito pelo Whiplash:
“Se começasse a contar o tipo de ‘hate’ que recebo, você não acreditaria. … Não estou dizendo que sou um anjo, mas definitivamente não sou a pessoa horrível que pintam que sou.”
Ela ressaltou que sua intenção nunca foi provocar polêmica de propósito — apenas expressar sua personalidade, suas opiniões e sentimentos de forma sincera.
Mulher, metal e autenticidade: resistir ao padrão imposto
Fernanda disse acreditar que grande parte das críticas vem da sociedade atual — sob a lógica de consumo e conformismo —, que exige padronização. Para ela, ser autêntica e desafiar estereótipos é inevitavelmente um convite ao ódio de quem não aceita diferenças.
“Se, no meu caso, sou odiada ou chamada de poser por ser quem sou, e sou alguém que desafia estereótipos, o sistema e as normas, então estou feliz em ser eu mesma.”
Ela confessou que o processo é cansativo e emocionalmente desgastante — e que muitas vezes se questiona sobre continuar exposta nas redes.
Uma trajetória marcada pela música agressiva e por batalhas pessoais
Fernanda já foi vocalista e baixista de outra banda importante do metal brasileiro, a Nervosa. Após sair do grupo, fundou a Crypta — com a qual vive uma ascensão considerável fora do underground.
Apesar da visibilidade e das conquistas, ela frequentemente se vê sujeita a críticas cruéis, muitas vezes desproporcionais. A situação fez com que ela refletisse sobre os desafios de ser mulher e artista no metal — um ambiente tradicionalmente dominado por machismo e estereótipos rígidos.
Resistência, afirmação de identidade e música como resposta
Mesmo diante da hostilidade, Fernanda reafirma seu compromisso com a autenticidade. Em vez de se moldar ao que esperam dela, ela busca ser fiel a si mesma — e considera que enfrentar críticas por isso pode ser uma forma de resistência.
Sua postura e sua música inspiram fãs e colegas. A Crypta continua fazendo turnês internacionais, preparando novo álbum, e mantendo uma agenda ativa, mesmo em meio aos percalços.

A mulher em si é muito cobrada em todas as vertentes musicais e artísticas, não tem como fugir disso. Ainda mais com as redes sociais aí sempre sendo por seguidores fanáticos e muitos deles com exigência sobre a aparência de tal personalidade ou artista. O que podemos fazer mesmo é ignorar esses comentários e seguir em frente, se não a tristeza pode tomar conta e as coisas ficarem ruins. Abraços!