Fernanda Lira e pronuncia sobre suposta desavença com The Troops of Doom
Esta semana, o mundo do heavy metal nacional foi pego por um relato de Jairo Guedz, quando ele relembrou um caso acontecido no ano passado em um show do The Troops of Doom, onde diversos problemas aconteceram antes e pós show.
Em participação no podcast Rockerall, Jairo lembrou quando em um noite, eles tocariam com uma banda nacional, que em momento algum ele citou o nome, mas que ao que a tal banda passar o som, “descabearam” todo o equipamento do Troops, que já havia feito a sua passagem de som, sendo o esse o primeiro enrosco da noite. Ele então fala sobre um momento do show:
“Na penúltima música, quando a gente estava no finalzinho, segurando o som pra entrar em “Troops of Doom” — que é minha música com o Sepultura, que deu nome à minha banda atual — os roadies da outra banda simplesmente subiram no palco. Sem cerimônia. Passaram por nós, abriram a bag da guitarra e começaram a afinar ali, enquanto a gente ainda estava tocando.
Cara, isso nunca me aconteceu. É uma invasão. Uma falta de respeito absurda. Você tá no meio do seu show e alguém sobe no palco e começa a mexer nos próprios instrumentos como se você não estivesse ali? É como virar as costas pra sua mãe te chamando, ou levantar da mesa sem dizer nada. Pior, talvez.
E o pior é que foi com o aval da banda. Eles sabiam. Tinham consciência. Eles mesmos já tinham ferrado nossa passagem de som. Tinham tirado tudo, 30 microfones, e depois ainda sobem no palco?”
Jairo ainda ressalta que após o show, as coisas não ficaram melhores e diz:
“E não para por aí. Depois do show, descemos do palco e nosso camarim estava trancado. Nossas mochilas estavam do lado de fora. Tudo: carteira, celular, roupas, instrumentos. O camarim era dividido entre as duas bandas. Era um espaço só, grande. Cada um com sua mesa, com comidas específicas, identificação. Nada demais. Só que a outra banda resolveu trancar tudo e jogar nossas coisas pra fora.
Nada do que já vivi com polícia, com careca, com punk, com droga, com bebida… nada machucou tanto quanto isso. Lá no fundo.”
Como dito, Jairo não apontou em nenhum momento o nome da tal banda, dizendo que preferia não o revelar, porém logo após o corte viralizar, diversas pessoas começaram a apontar a Crypta como a banda que causou a confusão e que o fato aconteceu durante um show em Teresina.
Diversas pessoas cobraram uma posição das integrantes da Crypta, e neste domingo, Fernanda Lira falou sobre o assunto em um comentário dizendo:
“Pessoal, não faz sentido nos pronunciarmos ou respondermos sobre algo que nem sabemos ao certo se foi direcionado a nós.
É preciso mais responsabilidade antes de nos acusar por situações em que nosso nome nem sequer foi citado — até porque quase tudo o que foi dito ali nunca aconteceu em um show nosso, muito menos com o nosso aval. Jamais permitiríamos esse tipo de coisa.
Não desligamos cabo de ninguém, nem trancamos camarim de ninguém. Na verdade, raramente usamos o mesmo camarim que outras bandas — os contratantes geralmente evitam isso para garantir nossa privacidade.
Enfim, conheço pessoalmente quem fez as acusações e o sigo há muito tempo. Por isso, acredito que, se na ocasião em que tocamos juntos — que, sim, teve muitos problemas causados principalmente pela produção local — algo o tivesse deixado humilhado, ele teria falado diretamente conosco, e não em um podcast. Todos sabem que sou acessível e nunca me recuso a esclarecer qualquer mal-entendido.”
A produtora Xaninho Discos, que trabalha diretamente com a Crypta, falou também sobre o assunto em um comentário:
“É incrível como a falta de informação faz com que pessoas que nada têm a ver com problemas de produção sejam atacadas gratuitamente. Muitas pessoas estão atacando a Crypta, uma das bandas com quem trabalhamos desde o início da sua carreira.
Temos regras básicas de convivência — seja com produtores, equipes ou público, no mundo todo — e jamais aconteceram, nem acontecerão, situações como as citadas, por questões éticas e profissionais.
Antes de jogar no ar algo que envolva ataques gratuitos, deveria existir bom senso e responsabilidade.
A banda Crypta foi contratada como headliner de um evento, e isso precisa ser esclarecido. O que ocorreu nesse caso foi consequência de falhas da produção local. Todos os horários, além de uma série de outros requisitos contratuais, foram desrespeitados pela produtora. A banda não tem poder de decisão nesses casos.
A Crypta jamais desligaria equipamentos de outra banda, assim como jamais trancaria um camarim — até porque isso está especificado em contrato: não dividimos camarins. Trata-se de um espaço onde as integrantes trocam de roupa e podem, infelizmente, ser desrespeitadas. Há casos, inclusive, em que são impedidas de entrar no próprio camarim por serem confundidas com groupies (nada contra groupies, mas isso precisa ser dito).
A banda e nossa equipe não têm o poder de ação mencionado no vídeo — esse tipo de controle é exclusivo da produção do evento. Prova disso é que todos os nossos equipamentos são ligados em sistemas de sonorização independentes, tanto em clubes quanto em festivais.
O que houve aqui foi uma falha grave de comunicação. As falas divulgadas não condizem com a realidade e muito menos com a postura da banda.
Esperamos que o Jairo, por quem temos admiração e que sempre foi uma referência para nós, possa se pronunciar e esclarecer esse mal-entendido, já que a banda, em nenhum momento, teve qualquer atitude do tipo citado.
Respeitamos todas as pessoas, independentemente do tempo de estrada — sejam bandas iniciantes ou lendas do metal mundial. Respeito é bom, e todos nós gostamos.
Não haverá pronunciamento oficial nas redes. A banda está na estrada, vivendo a vida real e fazendo o que sabe fazer. Vocês gostando ou não, somos quatro garotas da nova geração que estão todos os dias fazendo as coisas acontecerem — e não há tempo para alimentar esse tipo de polêmica.”