Geezer Butler sobre a depressão: “a menos que você tenha passado, é impossível descrever”

Geezer Butler, o lendário baixista do Black Sabbath, falou com o TalkShopLive, sobre a sua luta por vários anos contra a depressão. Ele diz:

“A menos que você tenha experimentado uma depressão verdadeira, você não pode descrevê-la. É como se você estivesse indo para um buraco negro horrível. E as pessoas diziam, tipo, ‘Ah, vá tomar uma bebida ou leve o cachorro para passear.’ Era o que os médicos costumavam dizer. ‘Bem, vá assistir televisão ou leia um livro.’ E, claro, você não tem interesse em nada. Então, a única maneira de me expressar era escrevendo a letra de ‘Paranoid’. Quer dizer, eu não estava deprimido o tempo todo, mas quando eu tinha crises de depressão, você simplesmente não conseguia explicar para ninguém, e você ficava apavorado de ir a um profissional de saúde mental, talvez, e eles te colocarem no hospital por anos, em uma instituição mental. Então você nunca iria a médicos ou algo assim. E então você simplesmente tinha que seguir em frente. E a única maneira de tirar isso do meu sistema era escrevendo a letra.”

 Geezer falou como é seu atual estado de saúde mental, e responde se está bem:

“Bem agora, sim. Porque em 1999, finalmente fui diagnosticado corretamente, e me deram Prozac por seis semanas. E o médico disse: ‘Não vai funcionar imediatamente. Continue tomando por seis semanas e, eventualmente, você começará a se sentir normal novamente.’ E eu disse: ‘Bem, o que é normal?’ Depois de seis semanas, essa grande nuvem pareceu se levantar de mim. Foi ótimo.”

Atualmente, Geezer Butler está promovendo sua autobiografia, “Into The Void: From Birth To Black Sabbath – And Beyond”, que foi lançada no ano passado e por enquanto, não recebeu uma versão nacional.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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