Gene Simmons compara artistas a “escravos” e pede lei para obrigar rádios a pagar royalties

Durante audiência nesta terça-feira (9 de dezembro) no Comitê Judicial do Senado dos EUA, Gene Simmons defendeu a aprovação do American Music Fairness Act — proposta que obrigaria rádios AM/FM a remunerar artistas pela execução de suas músicas.

Em discurso de cerca de sete minutos, o baixista chamou a atual realidade de “injustiça histórica” e lançou uma comparação forte:

“Nossos emis­sários para o mundo são Elvis e Frank Sinatra. Eles foram tratados — em outras palavras — pior do que escravos. Escravos recebem comida e água. Elvis, Bing Crosby e Sinatra não receberam nada por suas performances.”

Simmons destacou que, embora rádios milionárias arrecadem bilhões em publicidade — estimados em US$ 14 bilhões em 2024 — os artistas não recebem um centavo por execuções na rádio.

Ele argumentou que essa diferença fere o princípio de justiça e chamou quem se opõe ao projeto de “anti-americano”. Rolling Stone Australia+1


Justificativa e críticas ao sistema atual

Segundo Simmons, lendas da música como Elvis Presley, Frank Sinatra e Bing Crosby voltaram milhões de vezes nas rádios sem nunca terem recebido royalties por isso — uma falha que ele considera “absurda” na indústria musical. uk.news.yahoo.com+1

Para ele, a aprovação da lei representa um passo essencial para garantir remuneração justa a todos os artistas — veteranos e novos — e assegurar que a arte seja valorizada de forma digna. Parade+1


Impacto para músicos e futuro da “lei da música justa”

A proposta defendida por Simmons e por organizações de arrecadação de direitos autorais poderia alterar radicalmente como os artistas recebem por execuções em rádio. Isso seria especialmente relevante para músicos emergentes, que dependem de cada centavo para produzir novos trabalhos. Parade+1

Além disso, a aprovação representaria um marco para a indústria musical nos EUA, atualizando a compensação de artistas para a era atual — onde streaming e plataformas digitais já pagam por desempenho, mas rádios tradicionais ainda operam em um modelo antigo.

Marcio Machado

Formado em História pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Fundador e editor do Confere Só, que começou como um perfil do instagram em 2020, para em 2022 se expandir para um site. Ouvinte de rock/metal desde os 15 anos, nunca foi suficiente só ouvir aquela música, mas era preciso debater sobre, destrinchar a obra, daí surgiu a vontade de escrever que foi crescendo e chegando a lugares como o Whiplash, Headbangers Brasil, Headbangers News, 80 Minutos, Gaveta de Bagunças e outros, até ter sua própria casa!

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